Homenagem as vítimas do ataque à sinagoga de Halle na Alemanha. (AP Photo/Jens Meyer) Homenagem as vítimas do ataque à sinagoga de Halle na Alemanha. (AP Photo/Jens Meyer)

No dia de Yom Kipur, o mais sagrado do calendário judaico, uma porta separou entre um terrorista fortemente armado e uma sinagoga lotada de fiéis.

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Nesta quarta-feira, enquanto judeus do mundo inteiro celebravam o Yom Kipur, pediam perdão a Deus pelas falhas cometidas e rogavam por um ano de paz e prosperidade, um milagre aconteceu.

Por volta das 11h, um terrorista fortemente armado abriu fogo contra uma sinagoga na cidade de Halle na Alemanha.

Minutos antes da ação, através de uma plataforma virtual, o atirador, um alemão de 27 anos de idade identificado como Stephan Belliet, transmitiu uma mensagem para seus seguidores. Na mensagem, ele culpou os judeus por diversos problemas do mundo como por exemplo a baixa taxa de natividade e a crise migratória que assola a Europa.

Depois desta transmissão, fortemente armado e com uma câmera em seu capacete, o terrorista partiu em direção a sinagoga. Toda a ação foi transmitida pela internet e assistida por mais de 2000 pessoas até ser retirada do ar pelas autoridades.

Ao chegar à sinagoga, Stephan Balliet, encontrou uma porta trancada, lá dentro dezenas de judeus participavam das orações matinais do Dia do Perdão, o Yom Kipur. Uma única porta era tudo que separava entre o terrorista e dezenas de possíveis vítimas.

O terrorista então atirou contra a fechadura da porta com o intuito de arrombá-la. Uma vez. Duas vezes. Três tiros de escopeta foram disparados, mas milagrosamente, a porta não cedeu. “Desculpa, gente, esta arma é um lixo”, disse Stephan Balliet para seus seguidores no vídeo.

Max Privorotzki, líder da comunidade judaica local disse que a sinagoga estava lotada no momento do ataque e que todos os fiéis assistiram a ação através das câmeras de segurança. “Nós vimos tudo, vimos também quando ele atirou e matou uma pessoa. Eu pensei que a porta não aguentaria. Nós estávamos em pânico”, disse ele.

Frustrado, o terrorista pulou o muro da sinagoga que dá acesso ao cemitério da comunidade judaica local, e então uma enorme explosão foi ouvida. Uma granada foi lançada contra a Sinagoga, mesmo assim, ele não conseguiu entrar no recinto.

Quando percebeu que não conseguiria matar judeus no dia de Yom Kipur, o terrorista abriu fogo contra pedestres que passavam pelo local. Infelizmente, uma mulher e um homem foram assassinados e mais duas pessoas ficaram feridas.