A convite de Donald Trump, os líderes de Israel e dos Emirados Árabes se reunirão na Casa Branca para assinar o tratado de paz entre os dois países.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 08/09/2020
A próxima terça-feira, 15 de setembro de 2020, entrará para a história como o dia em que foi assinado o tratado de paz entre o Estado de Israel e os Emirados Árabes Unidos. Esta data foi confirmada na noite desta terça-feira pela Casa Branca.
A cerimônia de assinatura do tratado de paz, que vem sendo orquestrado pelo presidente americano, Donald Trump, levará a Washington e à Casa Branca, o Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o Xeque Abdullah Bin Zayed, Ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes e irmão do príncipe herdeiro de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed.
Através das redes sociais, logo após o anúncio, o premier israelense confirmou a viagem aos Estados Unidos. “Eu estou muito orgulhoso por viajar a Washington na semana que vem, a convite do presidente Donald Trump, para participar da histórica cerimônia que estabelecerá a paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos”, escreveu Netanyahu no Twitter.
Anunciado no último dia 13 de agosto, o acordo de paz entre as duas nações prevê a normalização das relações diplomáticas e comerciais, a abertura de embaixadas e ainda voos diretos entre Tel Aviv e Abu Dhabi. Na semana passada, delegações dos governos de Israel e dos Estados Unidos estiveram em Abu Dhabi para tratar com as autoridades locais, sobre os termos do tratado de paz.
Ainda não se sabe se representantes de outros países do Oriente Médio, como a Arábia Saudita e o Bahrein, estarão presentes na cerimônia que marcará a paz entre Israel e os Emirados Árabes. De acordo com especialistas, além destes Estados, Omã também pode ser um dos próximas países árabes a normalizar suas relações com o Estado de Israel, algo que até agora havia sido feito apenas pelo Egito em 1979 e pelo Reino da Jordânia em 1994.
Para Mahmoud Abbas, Presidente da Autoridade Palestina, o tratado de paz é uma “traição” dos Emirados Árabes e “faca nas costas” do povo palestino.