Assassinato da jovem curda Mahsa Amini pela polícia religiosa do Irã despertou uma onda de protestos que se espalharam por dezenas de províncias e centenas de cidades do país controlado pelo regime dos aiatolás.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 05/10/2022

 

Foram necessárias quase três semanas para que o Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, se pronunciasse sobre as robustas manifestações contra seu regime que começaram após a morte em Teerã da jovem Mahsa Amini. No último dia 16 deste mês, Amini foi presa, torturada e assassinada pela polícia religiosa iraniana por usar o véu islâmico, Hijab, de maneira “inadequada”.

Mais de 130 manifestantes já foram mortos pelo regime iraniano e milhares foram presos desde o início dos protestos. Estes, se estendem-se por todo o país em que jovens estão cansados de viver sob o julgo do extremismo islâmico dos aiatolás, lutam por mais direitos pelas mulheres e principalmente, por liberdade.

Diversas cidades do mundo também tiveram protestos em memória de Mahsa Amini e solidariedade à luta do povo iraniano contra perversidade do regime dos aiatolás. Além disso, muitos países já se manifestaram em apoio aos protestos que são os maiores já registrados desde a queda do Xá Reza Pahlevi em 1979.

“Estes motins foram planejados. Eu digo claramente que estes distúrbios e a insegurança foram causados pelos Estados Unidos, pelo falso regime sionista de ocupação (Israel), por seus agentes e com a ajuda de iranianos traidores no exterior”, disse Khamenei ao negar-se a assumir a responsabilidade pelo assassinato de Mahsa Amini e demais atrocidades cometidas por seu regime ditatorial e opressor.

O aiatolá defendeu ainda mais rigidez contra os manifestantes que segundo ele colocam em risco a República Islâmica do Irã.