Com 13 parlamentares eleitos, a coligação de partidos árabes tem a terceira maior bancada do Knesset, o Parlamento de Israel.
David Aghiarian, Unidos com Israel
Se você acredita no discurso que aponta Israel como uma país onde existe o apartheid, prepare-se para se surpreender. Se você ainda crê que o Hamas e o Hezbollah defendem a causa palestina e sua luta contra o mal, ou Israel, leia este texto e pare para pensar.
Na semana passada, ocorreram em Israel as eleições para o Knesset, o parlamento do país. Na última terça-feira, 17 de setembro de 2019, 6.394.030 eleitores puderam ir as urnas para escolher seus representantes políticos. As urnas abriram às 7h da manhã e ficaram abertas até as 22h. No fim do dia, 69,4% dos eleitores escolheram exercer seu direito cívico.
A sociedade israelense é composta por representantes de diversas raças, etnias e religiões. Pasmem, mas existem aqueles que preferem não fazer parte de nenhum grupo e até mesmo aqueles que quebram qualquer paradigma que conhecemos, ou julgamos conhecer. Aqui há de tudo.
Uma das minorias da sociedade israelense, é a comunidade árabe, muçulmana ou cristã. Eles representam aproximadamente 20% da sociedade e diferente do que muitos pensem ou digam, os árabes são iguais a nós, judeus, são cidadãos do Estado de Israel. Cidadãos como quaisquer outros, homens e mulheres com direitos e deveres cívicos, inclusive o mais importante desses direitos, o direito ao voto.
Diferente da população controlada pelo Hamas ou pelo Hezbollah, organizações extremamente tiranas e autoritárias, os árabes israelenses podem escolher aqueles que irão governá-los. Enquanto no território controlado pelo Hamas, pelo Hezbollah e até mesmo pela “moderada” Autoridade Palestina, não existe um judeu sequer, 20% da população israelense é composta por árabes.
Assim como qualquer outra parcela da sociedade israelense, na última terça-feira os cidadãos árabes também puderam ir votar. Segundo dados do comitê central das eleições, 59,8% dos eleitores membros da sociedade árabe foram as urnas eleger seus representantes para a vigésima segunda formação do parlamento de Israel.
O resultado? A minoria árabe elegeu a terceira maior bancada do Knesset. A coligação “A lista unida”, ou em hebraico “Hareshima Hameshutefet”, formada por 4 partidos árabes, elegeu 13 parlamentares.
Para mensurarmos este acontecimento e esclarecermos a sua importância, basta olhar para os demais partidos judaicos. O partido judeu ultra ortodoxo Shas por exemplo, elegeu 9 parlamentares. Enquanto isso, partidos importantes como o Israel Beitenu do ex-Ministro da Defesa Avigdor Lieberman elegeu 8 parlamentares e o partido Yemina, da ex-Ministra da Justiça Ayelet Shaked, elegeu 7 parlamentares.
De agora em diante, quando você escutar alguém dizendo que em Israel os árabes são excluídos da sociedade israelense, apresente este artigo. Da próxima vez que você escutar a palavra apartheid sendo ligada ao Estado de Israel apresente estes números e defenda a única democracia do Oriente Médio.
Ah, acabou de ser divulgada uma pesquisa do Instituto da Democracia de Israel. Segundo esta pesquisa, 65% dos árabes que vivem em Israel têm orgulho de fazer parte da sociedade israelense, mas este já é um assunto para um outro artigo.