Moedas cunhadas durante a Grande Revolta Judaica contra Roma também foram descobertas ao logo do aqueduto de Jerusalém.


Por Unidos com Israel

Jerusalém, 29/08/2023

 

As ruínas de um aqueduto de quase 2.000 anos de idade foram descobertas recentemente por arqueólogos israelenses na cidade de Jerusalém. A estrutura tem 300 metros de extensão e foi inicialmente revelada durante as obras de construção de uma escola municipal no bairro de Guivat Hamatos, na região sul da capital de Israel.

De acordo com a Autoridade de Antiguidades de Israel o aqueduto encontrado foi construído para atender as necessidades hídricas da cidade de Jerusalém durante o período do Segundo Templo Sagrado. Através deste projeto de infraestrutura, as águas coletadas em nascentes de rios localizadas na região de Belém eram conduzidas até um reservatório, ou castellum, situado na parte alta da antiga Jerusalém.

“Durante o período do Segundo Templo a cidade de Jerusalém cresceu significativamente, fazendo com que as águas da Fonte de Gion e aquelas disponíveis em poços já não fossem suficientes para atender a população local e os peregrinos que visitavam a cidade. Tornou-se então necessário trazer água de lugares longínquos”, disse o Dr. Ofer Shion que dirigiu as escavações arqueológicas em torno do aqueduto.

 

Arqueólogo israelense trabalha nas escavações do aqueduto de Jerusalém (Emil Aladjem/IAA)

 

Ainda não se sabe se o aqueduto encontrado foi construído durante o reinado da dinastia dos asmoneus, Hashmonaim em hebraico, ou pelo rei Herodes. Apesar disso, sabe-se que a estrutura continuou a ser usada para suprir as necessidades hídricas da antiga Jerusalém mesmo após a destruição do Segundo Templo Sagrado em 70 A.E.C.

Durante as escavações, além do aqueduto, foram encontradas 25 moedas antigas. Entre elas, moedas cunhadas durante a Grande Revolta Judaica contra a dominação romana (foto).

Moeda com a imagem de uma Menorá cunhada durante a Grande Revolta Judaica (Emil Aladjem/IAA)