Marinheiros mortos no ataque iraniano ao navio Mercer Street eram cidadãos do Reino Unido e da Romênia.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 31/07/2021

 

Dois homens foram mortos na última sexta-feira (30) em um ataque da Guarda da Revolução Islâmica do Irã ao navio cargueiro Mercer Street. As vítimas, são um agente de segurança do Reino Unido e o capitão da embarcação, um cidadão romeno.

Apesar de pertencer a uma empresa japonesa, o petroleiro Mercer Street é administrado pelo grupo Zodiac Maritime do empresário israelense Eyal Ofer. Sem carga, a embarcação navegava pela costa de Omã quando se dirigia do porto de Das es Salam na Tanzânia com destino a Fujairah nos Emirados Árabes Unidos.

Até o momento as investigações conduzidas por agentes americanos, israelenses e britânicos apontam para a possibilidade de o petroleiro Mercer Street ter sido atacado por dois drones kamikazes carregados de explosivos. De acordo com uma nota do Comando Central dos Estados Unidos, CENTCOM na sigla em inglês, marinheiros da Quinta Frota americana encontraram “claras evidências” de um ataque.

“Especialistas em explosivos da Marinha dos Estados Unidos estão a bordo do Merce Street para garantir que não há mais perigo para a tripulação”, diz a nota divulgada pelo CENTCOM. Depois de atacado, o petroleiro foi escoltado pelo porta-aviões americano USS Ronald Reigan e pela fragrata USS Mitchell para um “local seguro”.

Citando fontes anônimas, canais de mídia estatais do Irã informaram que a ação é uma retaliação aos bombardeios israelenses contra alvos do regime dos aiatolás na Síria.

Há anos Israel vem travando uma verdadeira batalha para impedir o estabelecimento da Guarda da Revolução Islâmica iraniana em suas fronteiras, principalmente no Líbano e na Síria. Além disso, as Forças de Defesa de Israel agem para bloquear o acesso do grupo terrorista Hezbollah a armas, foguetes e mísseis de precisão.

Através das redes sociais, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, disse que o Irã não é apenas um problema do Estado Judeu, mas de todo o mundo.

“O Irã não é apenas um problema de Israel, mas um exportador de terrorismo, destruição e instabilidade que atinge todos nós. Não podemos nos calar diante do terrorismo iraniano que ameaça a liberdade de navegação”, disse Lapid.

O chanceler israelense falou ainda que havia conversado com o seus homônimos romeno e britânico.