Polícia palestina ameaça prender membros da comunidade LGBTQ e pede a sociedade que os denuncie os “suspeitos”.
Unidos com Israel
Protegida pelo silêncio internacional, a Autoridade Palestina proibiu as atividades de um grupo de apoio a comunidade LGBTQ.
A proibição veio no sábado, depois que a ONG Al-Qaws, anunciou que organizaria um seminário na cidade de Nablus nos dias 30 e 31 de agosto. O seminário “Eu, meu gênero e a sociedade”, seria destinado a jovens de 18 a 24 anos, membros da comunidade LGBTQ palestina.
Fundada em 2001, o ONG Al-Qaws trabalha em prol da comunidade LGBTQ em Israel e no território controlado pela Autoridade Palestina.
Em nota, o Porta-voz da polícia palestina, Louay Arzeikat, disse que eventos dessa natureza organizados por grupos como o Al-Qaws, “são contra e ferem os mais importantes valores da sociedade palestina.” A nota da polícia palestina chama os organizadores do evento LGBTQ de “suspeitos” e diz que eles estão “semeando a discórdia e minando a pacificidade da sociedade palestina.”
A Autoridade Palestina, por meio de suas forças de segurança, incentiva ainda que a sociedade denuncie qualquer atividade do grupo Al-Qaws, além de prometer sigilo.
Desde a proibição e o anúncio do porta-vos da polícia palestina, membros do grupo Al-Qaws e da comunidade LGBTQ, estão recebendo diversas ameaças e mensagens de ódio de palestinos, em especial através das redes sociais.
“Nunca fomos atacados desta maneira. Estamos sendo chamados de traidores, criminosos e muitos estão pedindo nossa execução. Tememos por nossas vidas”, disse um membro da ONG ao jornal israelense Jerusalem Post.
Enquanto membros da comunidade LGBTQ estão sendo perseguidos pela polícia da Autoridade Palestina, o mundo está calado. A mídia internacional está calada, a ONU está calada, políticos e ativistas estão em silêncio.
Onde estão os defensores dos direitos humanos? Onde estão os membros do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas? Onde está a revolta, o desgosto, a condenação e o boicote?
E se fosse em Israel?