“Os palestinos estão recebendo as mesmas vacinas administradas atualmente em cidadãos israelenses”, disse o Porta-voz do Primeiro-ministro de Israel sobre a validade das vacinas.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 20/06/2021

 

A Autoridade Palestina rescindiu um contrato de permuta firmado junto a Israel e a Pfizer e rejeitou o envio imediato de 1.4 milhões de doses da vacina contra o coronavírus desenvolvidas pela empresa americana. Isto, sob o pretexto de que as doses irão vencer nos próximos dias e meses, o que já era conhecido pela liderança palestina e foi o fator determinante para o acordo promovido pela Pfizer.

De acordo com a Secretária de Saúde da Autoridade Palestina, Mai al-Kaila, o órgão é capaz de vacinar aproximadamente 80.000 pessoas por dia. Assim, 20 dias seriam mais do que suficientes para que todas as 1.4 milhão de doses fossem administradas.

Na última sexta-feira (18), aproximadamente 100.000 doses com validade até o fim deste mês foram enviadas por Israel para a Autoridade Palestina para que a administração do medicamento começasse imediatamente. Ao invés de fazê-lo, a liderança palestina optou mais uma vez pela política e a demonização de Israel em detrimento ao bem-estar de seus cidadãos.

 

 

“Foi descoberto que as doses não estavam de acordo com as especificações técnicas previamente acordadas e que seu prazo de validade estava próximo”, disse a ministra al-Kaila à Wafa (agência de notícias ligada a Autoridade Palestina). Segundo ela, o acordo de permuta foi rescindido por determinação do premier Mohammad Shtayyeh.

Após o anúncio da rescisão do acordo Ofir Gandelman, Porta-voz do Primeiro-ministro de Israel, informou que as vacinas enviadas à Autoridade Palestina estavam em perfeita condição.

“Ministério da Saúde de Israel: as vacinas contra o coronavírus entregues à Autoridade Palestina estão com a validade perfeita. As datas de expiração eram conhecidas pela Autoridade Palestina e tudo havia sido acordado previamente. Os palestinos estão recebendo as mesmas vacinas administradas atualmente em cidadãos israelenses”, tuitou Gandelman em inglês e árabe.

 

O acordo

 

A Autoridade Palestina tem um contrato firmado com a Pfizer para a compra de 4 milhões de doses da vacina desenvolvida pela empresa americana em parceira com a BioNTech. Segundo o combinado, o envio das primeiras doses da vacina da Pfizer contra o coronavírus aos palestinos aconteceria apenas durante o curso dos meses de setembro e outubro deste ano.

O acordo triplo firmado na semana passada previa o envio imediato de 1.4 milhão de doses excedentes da vacina adquiridas por Israel e com validade até o fim de junho, julho e agosto deste ano. Isto, para que a Autoridade Palestina pudesse desde já, acelerar seu programa de vacinação que até agora atendeu apenas 30% da população sob o seu domínio.

Com tudo acertado, as doses hoje em perfeito estado, mas com a validade curta, estariam à disposição já nos próximos dias para que a Autoridade Palestina pudesse administrá-las.

Em troca, o acordo firmado entre a Autoridade Palestina, a Pfizer e Jerusalém previa que Israel receberia de volta as 1.4 milhões de doses em setembro ou outubro.

O trato não passava de um empréstimo estimulado pela Pfizer para atender a população palestina o quanto antes, mas infelizmente, seus líderes optaram pela politicagem e por uma ofensiva contra Israel no cenário internacional. Não é à toa, que muitos veículos de mídia e organizações detentoras de um viés anti-israelense estejam noticiando apenas que as doses estavam prestes a vencer. Isto, como fez a CNN Brasil em seu artigo publicado no último sábado.

Resta saber, quem irá informar à CNN Brasil que Mai Alkaila, “Ministro da Saúde Palestino” citado pela agência de notícias, é na realidade uma ministra.