Batizada de “De Volta à Vida”, campanha de vacinação israelense já atendeu mais de 21% da população com a primeira dose do medicamento desenvolvido pela Pfizer e BioNTech.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 12/01/2021

 

Pouco mais de três semanas após dar início à campanha de vacinação, Israel expandiu hoje a operação “De Volta à Vida”. Isto, através de um convite feito pelo Ministério da Saúde para que todos os cidadãos com mais de 50 anos de idade comecem a agendar a data de sua vacinação.

Com quase 2 milhões de israelenses já vacinados com ao menos a primeira dose do medicamento desenvolvido pelas empresas Pfizer e BioNTech, a campanha de vacinação em Israel é considerada um sucesso à nível mundial. Até agora, esta megaoperação logística priorizou a imunização de funcionários da área da saúde, cidadãos com mais de 60 anos e pessoas com doenças graves.

De acordo com o protocolo publicado pela Pfizer após a conclusão dos testes com o medicamento, para se garantir a imunização contra o coronavírus deve-se tomar duas doses da vacina, com a segunda sendo administrada 21 dias após a primeira. Em Israel, isto começou a ser feito no último domingo, exatamente três semanas após o início da campanha de vacinação.

Além dos cidadãos com mais de 50 anos de idade, o Ministério da Saúde de Israel fez um convite para que os profissionais da área da educação também comecem a se vacinar. Assim, espera garantir o mais rápido possível, a reabertura das creches e escolas fechadas recentemente pelas medidas de lockdown adotadas pelo governo de Benjamin Netanyahu.

Por aqui, a vacinação não é obrigatória, mas um direito, gratuito e garantido a todos os cidadãos do país.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde de Israel, a idade de vacinação será reduzida gradativamente, de acordo com a disponibilidade do medicamento. Neste domingo, um imenso carregamento de vacinas da Pfizer vindas do centro de distribuição europeu da farmacêutica na Bélgica chegou ao país. Para esta semana, ainda é esperado outro grande carregamento, desta vez, de vacinas desenvolvidas pela empresa Moderna.

“Nós seremos o primeiro país do mundo a deixar para trás o coronavírus e reabrir a economia”, diz Benjamin Netanyahu a todo momento.

Hoje, durante visita a um posto de vacinação na cidade de Ashdod, o premier israelense disse que o país está em meio a uma corrida entre a capacidade de propagação do vírus chinês, em especial da mutação britânica, e os efeitos da campanha “De Volta à Vida”.

“Chegamos a quase 10.000 novos casos diários de covid-19, isto é muito. Nós podemos vencer, mas para isso precisamos fazer duas coisas simultaneamente. A primeira é vacinar-se e a segunda é respeitar as medidas de distanciamento social”, disse Netanyahu.

O Primeiro-ministro explicou que apesar de imunizados com as duas doses da vacina, os seres humanos podem ainda ser um fator de propagação do coronavírus. Segundo ele, não há estudos que dizem o contrário.

“Você pode contrair o vírus, estar protegido, mas pode contaminar outras pessoas. Por isso, não há alternativa para o distanciamento, para a higiene das mãos e para as máscaras”, disse Netanyahu.