Esta é a primeira vez em treze anos que um Ministro das Relações Exteriores de Israel faz uma visita púbica e oficial ao Egito.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 30/05/2021
A convite do Ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, o chanceler israelense Gabi Ashkenazi visitou hoje o Cairo para discutir questões ligadas ao estreitamento das relações entre os dois países, ao cessar-fogo firmado entre Jerusalém e o Hamas e assuntos relacionados a reconstrução da Faixa de Gaza.
“Obrigado Ministro das Relações Exteriores, Sameh Shoukry, pelo convite para que eu visite o Egito nesta que é a primeira visita oficial de um chanceler israelense nos últimos 13 anos”, tuitou Gabi Ashkenazi logo após pousar no Cairo.
Em nota, o Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Egito informou que os chanceleres falaram sobre o estreitamento das relações bilaterais entre o Cairo e Jerusalém nas áreas do comércio internacional, economia e turismo. Falou-se também sobre a possibilidade da retomada dos voos diretos entre Israel e o Egito e da abertura de uma nova embaixada israelense no país que liga o Oriente Médio à África.
Ajuda humanitária para a Faixa de Gaza
Após o cessar-fogo que mediado pelo Egito colocou um fim ao último conflito entre Israel e o Hamas, Ashkenazi e Shoukry discutiram formas de enviar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza sem que esta chegue as mãos do grupo terrorista Hamas.
Assim como Israel, o Egito também impõe um bloqueio à Faixa de Gaza para impedir o fortalecimento Hamas e demais grupos terroristas da Faixa de Gaza.
“Não podemos deixar que o processo de reconstrução da Faixa de Gaza permita que o Hamas reconstrua sua capacidade terrorista”, disse o chanceler israelense para seu colega egípcio.
Ashkenazi disse também que o apoio para a reconstrução da Faixa de Gaza está relacionado diretamente a uma questão humanitária esquecida pela mídia internacional. Israel quer que o Hamas liberte dois civis israelenses, Avera Mangisto e Hisham al-Sayed, mantidos reféns pela organização terrorista e que sejam devolvidos os corpos dos soldados do IDF Adar Goldin e Oron Shaul.
Apesar de enfatizar para seu colega egípcio que a Autoridade Palestina mantém seu projeto de ódio antissemita, Ashkenazy e Shoukry concordaram em trabalhar para fortalecer a posição da organização liderada por Mahmoud Abbas em detrimento ao grupo terrorista Hamas.
O hoje mais moderado Fatah de Abbas e o Hamas são inimigos históricos. Em 2007 por exemplo, através de um golpe militar, o grupo terrorista Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza assassinando mais de uma centena de oficiais da Autoridade Palestina.
“O Egito é um importante aliado na região, comprometido com sua segurança, estabilidade, com o mantenimento da paz e sua expansão. Nós temos que agir para impedir o fortalecimento de elementos extremistas que coloquem em risco a estabilidade regional e pelo retorno à casa, daquelas pessoas mantidas presas pelo Hamas”, tuitou Ashkenazi.