Durante uma conferência internacional no Bahrein, Turki al Faisal disse que Israel “é o último poder colonizador ainda no Oriente Médio”.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 8/12/2020
O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, usou as redes sociais para responder aos ataques feitos pelo príncipe saudita Turki al Faisal no último domingo. Convidado para participar da conferência Manama Dialogue 2020, que aconteceu no Bahrein entre os dias 4 e 6 deste mês, Ashkenazi foi exposto ao discurso de ódio e mentiras defendidas há anos pelas lideranças palestina e veículos de mídia detentores de um viés ideológico anti-israelense.
Além de chamar os israelenses de assassinos, demolidores de lares e propagadores do apartheid, Turki al Faisal negou o elo histórico existente entre o povo e a Terra de Israel. Tentando reescrever a as páginas da história, o príncipe saudita disse que “os governos israelenses são o último poder colonizador ainda presente no Oriente Médio.” Como se aqui não pertencêssemos.
Membro de uma família real que não fora eleita para comandar os Emirados Árabes, al Faisal teve ainda a ousadia de injuriar a legitimidade da democracia israelense.
“Que democracia é essa”, questionou ele ao mentir e dizer que Israel nega aos seus cidadãos não judeus, o direito de igualdade perante a lei.
Para não causar constrangimento aos organizadores do evento, que celebravam os recentes acordos de paz firmados entre Israel, Bahrein e os Emirados com um painel sobre as “novas parcerias da área de segurança no Oriente Médio”, o ministro israelense optou por não retrucar imediatamente as falsas alegações e ataques. Disse apenas que lamentava as palavras proferidas pelo príncipe saudita Turki al Faisal.
Ontem, Gabi Ashkenazi respondeu aos ataques através de uma série de tuites.
“As falsas acusações do representante da Arábia Saudita, feitas durante o painel da conferência de Manana, não correspondem com os fatos ou representam os ares da mudança pela qual passa o Oriente Médio”, disse Gabi Ashkenazi.
O ex-Chefe do Estado-maior das Forças de Defesa de Israel e hoje chanceler disse ainda que não tem qualquer intenção de ser consumido pelas “velhas confabulações de acusação”.
“O Oriente Médio se dividiu em dois grupos, de um lado estão aqueles que escolheram a paz e um futuro melhor para seus filhos, e do outro, um grupo de países liderado pelo Irã e seus arautos, que escolheu a violência e o terror”, tuitou ainda o ministro israelense.
Ashkenazi disse ainda que o grupo de países comprometidos com o Acordo de Abraão, não é “um clube fechado”, mas “um círculo de paz com o qual estamos comprometidos e enseamos pela sua expansão”.
“Nós estamos às vésperas de uma nova era. Uma era de paz”, concluiu Gabi Ashkenazi.