Da esquerda para a direita: David Benaym, Rudy Rochman e Andrew Leibman. (David Benaym) Da esquerda para a direita: David Benaym, Rudy Rochman e Andrew Leibman. (David Benaym)

Presos na Nigéria há aproximadamente 3 semanas, israelenses foram detidos enquanto filmavam um documentário sobre a comunidade Igbo.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 29/07/2021

 

Os cineastas israelenses presos na Nigéria desde o dia 9 deste mês foram soltos pelo Departamento de Segurança de Estado do país africano. Detentores de cidadania americana, eles foram entregues a agentes da Embaixada dos Estados Unidos em Abuja e deixaram a cidade com destino a Israel.

Os israelenses presos pelas autoridades nigerianas são o ativista Rudy Rochman e dois membros de sua equipe, o cinegrafista Andrew (Noam) Leibman e o jornalista Edouard David Benaym do canal I24 News. Eles foram ao país africano para entrevistar membros da comunidade Igbo e gravar a primeira parte de um documentário intitulado “Nós nunca nos perdemos”. O projeto, investiga a ligação de diversos grupos éticos africanos e asiáticos com o povo judeu.

Os Igbos são uma minoria étnica africana que vivem na Nigéria, Camarões e Guiné Equatorial. Alguns deles se identificam com o judaísmo e alegam ser uma das tribos perdidas de Israel. Segundo sua tradição, os Igbos seriam descendentes de Gade (Gad), um dos filhos de Jacó (Yaakov).

Assim como outros grupos étnicos e minorias africanas os Igbos defendem a sua independência e são perseguidos pelas autoridades nigerianas. No final dos anos 60, com a descolonização britânica e criação da República da Nigéria, este conflito de ideias levou o país a uma sangrenta guerra civil, a Guerra do Biafra.

Estima-se que até 2 milhões de Igbos tenham sido massacrados pelo governo central da Nigéria durante a guerra civil no país africano. Hoje, mais de 50 anos depois do fim deste conflito, os Igbos ainda são perseguidos pelas autoridades nigerianas e considerados um grupo “terrorista”.