Benjamin Netanyahu durante a apresentação do projeto israelense que tentará "erradicar o coronavírus (foto: Amos Ben Guershon, GPO). Benjamin Netanyahu durante a apresentação do projeto israelense que tentará "erradicar o coronavírus (foto: Amos Ben Guershon, GPO).

Em vigor desde às 14h da última sexta-feira, o lockdown em Israel está prestes a ter suas normas enrijecidas.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 23/09/2020

 

Com 31 mortos e 6.861 novos casos de coronavírus diagnosticados em Israel apenas nesta terça-feira (22), um recorde local desde o início da pandemia, o governo estuda o quê fazer para diminuir os índices de contaminação e assim, desafogar os hospitais. Ontem, em todo o país, 61.165 testes de coronavírus foram concluídos e aproximadamente 11% deles tiveram resultados positivos.

Também nesta terça-feira, Israel ultrapassou a marca de 200.000 casos de coronavírus. Por aqui, infelizmente, 1.316 pessoas já perderam suas vidas em função de complicações ligadas a doença covid-19. Hoje no país, há 54.322 pacientes diagnosticados com covid-19. Destes, 1.341 estão internados em hospitais e o quadro clínico de 634 é considerado grave pelas equipes médicas.

 

Netanyahu estuda decretar estado de calamidade pública

 

Com alguns dos hospitais de Jerusalém e da região norte do país já sem capacidade de receber doentes, o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reúne na tarde de hoje, o Gabinete do Coronavírus. Composto por autoridades da área de saúde e ministros do governo israelense, este órgão é o responsável pela luta contra a pandemia do coronavírus em Israel.

Entre as medidas que espera-se que sejam adotadas, estão a decretação do estado de calamidade pública e o endurecimento das normas do lockdown. Em vigor desde às 14h da última sexta-feira, a atual política de confinamento está sendo contestado por todos os grupos da sociedade israelense. Enquanto alguns acham que ele é fruto da incapacidade do atual governo, impróprio e que levará a economia à lona, outros não acreditam em sua efetividade. Com muitas brechas, a atual política de lockdown permite que os israelenses saiam às ruas como se o mesmo não estivesse em vigor.

Em eterno conflito, Estado e Igreja, ou neste caso Sinagoga, também são umas das questões mais delicadas a serem debatidas pelos ministros do governo de Benjamin Netanyahu nesta terça-feira. Para conter a proliferação do coronavírus, alguns defendem o fechamento imediato das instituições religiosas e outros, defende a limitação das manifestações e protestos contrários a Netanyahu e o atual governo. Ambos, Estado e igreja, mesquita ou sinagoga têm milhares de fiéis seguidores que se reúnem com grande frequência para exercerem seus direitos, quaisquer que sejam eles.