Shoppings Centers, academias de ginástica e até o cenário cultural voltou a funcionar neste domingo com reabertura de teatros, cinemas e casas de show.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 21/02/2021

 

Aproximadamente um ano após registrar o primeiro caso de coronavírus do país, Israel deu hoje seus primeiros passos em direção ao que se espera ser o início de uma volta à rotina. Isto, através de mais uma etapa da flexibilização das medidas do lockdown e entrada em vigor do “certificado verde”.

Fechados desde o final de novembro, os shoppings centers, assim como museus, parques nacionais e bibliotecas, reabriram hoje para toda a população, mesmo aqueles que optaram por não se vacinar. Estes estabelecimentos, uniram-se então ao resto do comércio de rua, cabeleireiros, barbeiros, clínicas de estética e etc., que já haviam retomado suas atividades há aproximadamente duas semanas.

Além dos grandes centros comerciais e atrações públicas, abertos a todos, as academias de ginástica, piscinas, cinemas, teatros, casas de show e hotéis também retomaram suas atividades neste domingo. Mas apesar de abertos, o acesso da população a estes estabelecimentos é vedado aos portadores do “certificado verde” ou cidadãos que apesar de ainda não vacinados, por opção ou não, apresentem o resultado negativo de um teste de covid-19 realizado nas últimas 48h.

 

O “certificado verde”

 

Chamado em hebraico de “Tav Yarok”, certificado verde em uma tradução livre para o português, esta é uma política adotada pelo governo israelense que prevê o retorno gradual e com segurança à normalidade. Composto por regras de distanciamento social a serem adotadas pelos estabelecimentos comerciais, como por exemplo a redução da capacidade de salas de cinema, teatro e academias, este conjunto de regras tem normas relativas também aos indivíduos.

Para se ter acesso por exemplo ao cenário cultural e esportivo, assim como às academias de ginástica, os israelenses deverão ser portadores do selo verde. Este, é um documento com validade de até 6 meses, garantido a todos aqueles que optaram por vacinar-se, uma semana após a administração da segunda dose da vacina, ou cidadãos que já se curaram da covid-19.

Para os cidadãos, o “Tav Yarok” é nominal, leva um código de barras à prova de fraudes e pode ser obtido gratuitamente através do site do Ministério da Saúde de Israel.

Apesar de controversa, a política do “Tav Yarok” garante o acesso dos cidadãos que não quiserem se vacinar a estes mesmos estabelecimentos. Para entrar em uma academia de ginástica ou casa de show por exemplo, os cidadãos poderão apresentar também o resultado negativo de um teste de coronavírus realizado nas últimas 48h. Estes, podem ser realizados gratuitamente em Israel através de um dos 4 planos de saúde compulsórios.

Com 4.376.971 cidadãos vacinados com a primeira dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus e outros 2.997.642 cidadãos já tendo recebido também a segunda dose do medicamento, Israel já vacinou 49,1% de sua população. Além disso, entre os imunizados, estão aqueles 706.946 cidadãos já curados da covid-19.