Assim como fez durante a festa de Pessach, para impedir a proliferação do coronavírus, o governo israelense impôs restrições as celebrações do Ramadan e do Profeta Shu´ayab.
Unidos com Israel
Começou na última quinta-feira (23) o Ramadan, nono e mais importante mês do calendário islâmico. Durante o Ramadan, muçulmanos de todo o mundo jejuam do nascer ao pôr do sol. Esta tradição, é um dos 5 fundamentos do islã ao lado da fé, das orações diárias, da caridade e da peregrinação à Meca.
Este ano, o Ramadan em todo o mundo está sendo comemorado sob a sombra do coronavírus e em Israel, a situação não é diferente. Preocupado com a possibilidade de um avanço no número de casos do coronavírus, o governo israelense impôs restrições as comemorações do Ramadan, em especial às orações e as refeições que acontecem ao final do jejum, conhecidas com Iftar.
Há aproximadamente um mês, após apurar e constatar que ao menos 30% dos pacientes diagnosticados com a doença Covid-19 haviam sido expostos ao coronavírus dentro de instituições religiosas o governo israelense fechou sinagogas, mesquitas, igrejas. Esta medida foi imposta aos judeus durante o feriado do Pessach, aos cristãos durante a Páscoa e é hoje imposta aos muçulmanos durante o Ramadan.
Hoje por determinação do Ministério da Saúde de Israel, cultos religiosos apenas podem acontecer ao ar livre, com no máximo 19 fiéis e deve-se respeitar o distanciamento de pelo menos dois metros entre os participantes.
Além de restringir as atividades religiosas para impedir o avanço do coronavírus, o governo israelense pede também aos muçulmanos que celebrem o Iftar, refeição que marca diariamente o término do jejum durante o mês do Ramadan, apenas em suas casas, sem a participação de amigos e familiares.
“Cidadão israelenses muçulmanos, eu gostaria de desejar a vocês um Ramadan Karim. Vocês sabem que este ano será diferente, assim como a festa de Pessach foi diferente para os judeus em Israel e no resto do mundo”, disse o Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu através das redes sociais.
Post de Benjamin Netanyahu desejando um “Ramadan Karim” à comunidade muçulmana.
Israel tem hoje 8.596 casos ativos do coronavírus, este é o menor número em duas semanas. Até agora, 6.602 pessoas já estão curadas e 200 morreram devido a complicações ligadas a doença Covid-19.
Desde o início da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde de Israel já confirmou 15.398 casos de Covid-19.
As restrições impostas às festividades religiosas afetaram também a comunidade drusa Israel. Este ano, as celebrações da festa do Progeta Shu’yab também devem respeitar as normas de isolamento e distanciamento impostas à
população israelense.