Aos olhos do Golfo Arábico a Jihad Islâmica Palestina estava agindo em prol dos interesses do Irã com a finalidade de influenciar as negociações nucleares de Viena.


Por JNS

Versão em português, UWI

 

Após a operação “Alvorada”, recente conflito entre a Jihad Islâmica Palestina e Israel, muitas críticas foram tecidas ao grupo terrorista islâmico por agentes da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos. Isto, segundo relatório do Instituto de Pesquisa do Oriente Médio, MEMRI na sigla em inglês.

De acordo com a organização, os críticos sauditas e emiradenses defendem que a Jihad Islâmica Palestina nada mais é do que uma sucursal do Irã na Faixa de Gaza. Para eles, a organização terrorista atua exclusivamente em benefício do regime iraniano levando sofrimento e dor aos palestinos.

O desejo do Irã de influenciar as negociações em Viena acerca do nuclear JCPOA também foi apontado como justificação para a escalada da violência entre a Jihad Islâmica Palestina e Israel.

Acompanhando a repercussão do conflito nas redes sociais a MEMRI identificou ainda críticas e condenação à tática dos grupos terroristas da Faixa de Gaza que usam a população civil palestina como escudo humano e centro urbanos como verdadeiras bases militares, de onde são lançados os foguetes contra Israel.

A declarações do Comandante do Exército da Revolução Islâmica do Irã, general Hossein Salami, foram alvo de crítica e viraram chacota nas redes sociais. Ele prometeu que Israel pagaria um “muito caro por seus ataques à Jihad Islâmica Palestina” e foi amplamente contestado pelo público do Golfo Arábico.

Com sede em Londres o jornal Al-Arab por exemplo criticou abertamente a Jihad Islâmica Palestina. Em sua matéria de capa a publicação defendeu que a Faixa de Gaza estava sendo usada pelo Irã como uma “arena” em que o regime dos aiatolás disputa uma queda de braço com Israel e para isso cobra um preço muito alto dos civis palestinos.

Outro que criticou e zombou da Jihad Islâmica Palestina foi o jornalista saudita Tariq al-Homayed. Em sua coluna no jornal Al-Sarq al-Awsat o jornalista colocou em xeque a capacidade do Irã de atacar Israel e questionou quando chegará o tão falado “momento certo” para a resposta militar do Irã à Israel.