Série de medidas destinadas a impedir o colapso da Autoridade Palestina foi aprovada com os votos de 8 membros do Conselho de Segurança Nacional de Israel.


Por TPS

Versão em português, UWI

 

O Conselho de Segurança Nacional de Israel votou na noite deste domingo (9), em favor da criação de uma série de medidas, econômicas e relacionadas à área da defesa, destinadas a prevenir o colapso da Autoridade Palestina. O projeto, arquitetado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, foi aprovado com os votos de 8 dos integrantes do conselho.

Houve um voto contrário às medidas em prol da Autoridade Palestina e uma abstenção.

“Israel agirá para impedir o colapso da Autoridade Palestina e exigirá, paralelamente, que o órgão coloque um fim às suas atividades anti-Israel nos cenários jurídico e diplomático internacionais”, diz uma nota divulgada por Jerusalém.

Outras exigências do governo israelense são o fim do incitamento ao ódio pelos órgãos de mídia e educação da Autoridade Palestina, o término dos pagamentos mensais às famílias de terroristas e a interrupção da construção ilegal na área C da Judéia e Samaria, ou Cisjordânia.

A proposta de Benjamin Netanyahu e aprovado pelo conselho foi criticada pelos Ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, e pelo Ministro da Fazenda, Bezalel Smotrich.

“Não há absurdo maior do que recompensar uma entidade que estimula o terrorismo, paga salários a terroristas e suas famílias, faz incentivos ao ódio e ao assassinato de israelenses”, disse Bem Gvir. Segundo ele, o apoio concedido por Israel à Autoridade Palestina é “vergonhoso”.

De acordo com Jerusalém a Autoridade Palestina designa anualmente, cerca de 180 milhões dólares ao pagamento de salários às famílias de terroristas presos em Israel ou mortos em confronto com as forças de defesa e segurança do país. Sem contar a ajuda externa recebida pela Autoridade Palestina, este valor representa entre 65% e 70% dos repasses feitos por Jerusalém ao órgão controlado por Mahmoud Abbas.

Por falar em Abbas, o líder do Fatah e Presidente da Autoridade Palestina está com 87 anos e sua morte pode gerar uma guerra civil nos territórios palestinos. Ele é extremamente impopular, se mantém no poder através do contínuo cancelamento de eleições e enfrenta uma grande resistência por parte de grupos armados, como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina por exemplo. Estes, poderiam tomar o poder, assim como aconteceu em Gaza, em um cenário de colapso da Autoridade Palestina.

Mesmo dentro do Movimento Fatah, há aqueles que já se rebelaram contra Mahmoud Abbas e o enxergam como um líder sem credibilidade, legitimidade e popularidade.