O Conselho Fatwa do Iraque denunciou o Hamas pela forma como o grupo terrorista trata os cidadãos palestinos.
Por JNS.org
Versão em português, UWI
O Conselho Fatwa do Iraque emitiu na última quinta-feira uma decisão judicial religiosa islâmica condenando o Hamas pela forma como o grupo terrorista trata os cidadãos palestinos sob seu domínio. De acordo com a decisão, o Hamas viola o Alcorão e os preceitos islâmicos por oprimir os palestinos.
Formado por clérigos muçulmanos xiitas, sunitas e sufistas, o Conselho Fatwa do Iraque é a principal autoridade religiosa do país. Ele foi acionado depois que depoimentos de moradores da Faixa de Gaza culpando o Hamas pela sua situação vieram à público. Isto, após um longo trabalho de coleta de evidências videográficas desenvolvido pela ONG Center for Peace Communications.
Com sede nos Estados Unidos, o Center for Peace Communications é uma organização não-governamental que trabalha em prol da resolução de conflitos no Oriente Médio e na região norte da África. Recentemente, o órgão divulgou seu mais recente estudo que foi batizado de “Sussurros de Gaza” e traz diversos relatos de cidadãos palestinos que explicam como é viver sob o punho de ferro do grupo terrorista Hamas.
O Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, após um violento golpe que terminou com a morte e prisão de diversos de seus opositores. Entre eles, membros do grupo Fatah que liderado por Mahmoud Abbas controla a Autoridade Palestina.
Após analisar as evidências videográficas e o conteúdo produzido pela ONG Center for Peace Communications o Conselho Fatwa do Iraque condenou o Hamas classificando-o com o “reino de corrupção e terror contra os cidadãos palestinos da Faixa de Gaza”.
“É proibido rezar, filiar-se, apoiar financiar ou lutar em nome do Hamas, entidade que aderiu à ideologia do movimento Irmandade Muçulmana”, diz a fatwa, nome dado à decisões de tribunais compostos por clérigos islâmicos.
A Conselho da Fatwa do Iraque salientou ainda que sua decisão foi emitida em conformidade com aquelas de outros órgãos islâmicos como o Conselho da Fatwa dos Emirados Árabes Unidos e o Conselho Sênior de Acadêmicos da Arábia Saudita. Ambos, consideram a Irmandade Muçulmana e “todas suas ramificações como organizações terroristas que difamar o islamismo”.