Em meio a pandemia do coronavírus, a Autoridade Palestina se negou a receber respiradores e 14 toneladas de equipamentos médicos enviados pelos Emirados Árabes.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

21/05/2020

Na semana passada, um avião da Ethiad Airways vindo de Abu Dhabi pousou em Tel Aviv trazendo ajuda humanitária emergencial que seria destinada à população palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Esta foi a primeira vez na história que uma aeronave dos Emirados Árabes fez um voo para Israel. Oficialmente, os dois países não mantêm relações diplomáticas, mas em meio a pandemia do coronavírus, concordaram em trabalhar juntos.


Ao todo, 14 toneladas de insumos médicos e 10 respiradores desembarcaram no aeroporto Ben Gurion em Tel Aviv. Eles seriam destinados ao povo palestino, para serem usados na luta contra o coronavírus. Mas enquanto Israel, os Emirados Árabes e até a ONU comemoravam a ação, a Autoridade Palestina, órgão presidido por Mahmoud Abbas, anunciou que se recusaria a aceitar a ajuda. Em prol da narrativa, a liderança palestina privou o seu próprio povo de acesso à saúde.

“Nós recusamos a ajuda por ele não haver sido coordenada conosco”, disse Mai Alkaila, Ministra da Saúde da Autoridade Palestina durante uma coletiva de imprensa na cidade de Belém na última quinta-feira (21). “Nós somos uma autoridade, temos nossa soberania e não podemos aceitar a ajuda sem que ela tenha sido coordenada conosco”, disse ela.

De acordo com o Emissário das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, a ajuda humanitária teria sido a resposta dos Emirados Árabes a um apelo da ONU.

De acordo com a agência de notícias árabe Maan, a recusa em aceitar a ajuda humanitária destinada  ao povo palestino foi motivada pela ânsia da Autoridade Palestina de não promover a normalização dos laços entre Israel e os Emirados Árabes.

Ainda de acordo com a rede de notícias Maan, há 122 casos ativos de covid-19 na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.