Coronel da Guarda da Revolução Islâmica do Irã é assassinado em Teerã

Coronel morto foi identificado como Hassam Sayad Khodai, membro da Forças Quds do Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irã.

Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 22/05/2022

Um alto oficial do Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irã foi assassinado a tiros neste domingo (22) em Teerã. Ele foi identificado pela mídia estatal iraniana como Coronel Hassam Sayad Khodai.

O Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irã é um poderoso grupo armado autônomo às forças armadas do Irã e responsável pelo mantenimento do regime dos aiatolás e seus interesses. O grupo responde diretamente ao líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei.

De acordo com as autoridades iranianas o assassinado do Coronel Hassam Sayad Khodai aconteceu aproximadamente às 16h (horário local) deste domingo. Ele teria sido surpreendido por dois homens em uma motocicleta e baleado quando chegava a sua casa na rua Mohahedim-e Eslam, zona leste de Teerã.

Ainda de acordo com as autoridades iranianas Hassam Sayad Khodai teria sido morto com 5 tiros disparados por pistolas com silenciadores.

Em um comunicado o Exército da Revolução Islâmica do Irã disse que o Coronel Hassam Sayad Khodai era um “guardião do santuário”, termo usado para designar militares das Forças Quds responsáveis por operações no Iraque e na Síria.

Criadas nos anos 80 as Forças Quds, ou Forças Jerusalém em português, são uma unidade especial do Exército da Revolução Islâmica do Irã encarregada de agir fora do território iraniano. São membros das Forças Quds por exemplo os responsáveis por financiar, organizar, treinar e armar grupos terroristas islâmicos como o Hezbollah.

Sem dar maiores detalhes a TV estatal iraniana informou que o coronel Hassam Sayad Khodai era “conhecido na Síria”. Lá, os membros das Forças Quds operam junto ao exército do ditador Bashar Al-Assad. Além disso, o país é usado pelo Exército da Revolução Islâmica do Irã como uma base operacional avançada. Isto, para facilitar o envio de armas, explosivos e foguetes principalmente para o grupo terrorista Hezbollah.

No dia 3 de janeiro de 2020 o ex-comandante das Forças Quds, General Qassem Soliemani, foi assassinado no aeroporto de Bagdá, capital do Iraque, em um ataque com drones realizados pelos Estados Unidos. Hoje, o grupo é comandado pelo general Esmail Qa’ani.

A Guarda da Revolução Islâmica do Irã classificou o assassinato de hoje, do coronel Hassam Sayad Khodai como um “ato terrorista” e responsabilizou “elementos vinculados a arrogância mundial” pela sua morte. Ou seja, os Estados Unidos e Israel.

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