Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer Israel, mas a relações entre Jerusalém e o Cairo mantiveram-se frias por décadas.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 14/09/2021
Na noite desta segunda-feira (13), após reunir-se com o Presidente do Egito, Abdel Fatah Al-Sisi, o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, falou brevemente com a imprensa antes de embarcar com destino a Tel Aviv. Na pista do aeroporto de Sharm El Sheikh, o premier disse que a reunião foi uma oportunidade para a criação de uma “base para o estreitamento das relações” entre Israel e o Egito.
“Eu acabei de sair de um encontro importante e produtivo com o Presidente do Egito. Durante a reunião, acima de tudo, nós criamos a base para o estreitamento das relações”, disse Bennett.
“Israel está se abrindo ainda mais para os países da região e o duradouro tratado de paz israelo-egípcio é fundamental para este movimento. Por isso, ambos os lados têm o dever de investir no fortalecimento deste laço, foi isso o que fizemos hoje”, disse o primeiro-ministro israelense.
Um encontro público entre os líderes de Israel e do Egito é algo raro em função do aspecto de frieza das relações entre os dois países. Frieza esta, que pode ser explicada pelo medo dos políticos egípcios da opinião pública local que ainda antagoniza Israel e seus símbolos.
Vale lembrar, que o ex-presidente Anwar Al Sadat, que assinou o tratado de paz com Israel, foi assassinado por terroristas da Jihad Islâmica.
Há dez anos por exemplo, quando o então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi recebido pelo ex-presidente Hosni Mubarak, a bandeira israelense não foi hasteada e apenas a bandeira do Egito se fez presente. Ontem, na foto oficial do encontro, divulgada até pelo gabinete de Al-Sisi, estavam lá, lado a lado, as bandeiras dos dois países.
O acaloramento das relações entre Jerusalém e o Cairo é fruto do novo cenário geopolítico que vem sendo construído no Oriente Médio desde o estabelecimento dos Acordos de Abraão. Hoje em dia, o Egito e a Jordânia não se veem mais isolados como únicas nações árabes a reconhecerem o Estado de Israel. A eles se juntaram os Emirados Árabes, Bahrein, Marrocos e Sudão, que também assinaram tratados de paz com o Estado Judeu