Naftali Bennett (à esquerda) e Yair Lapid (Screenshot) Naftali Bennett (à esquerda) e Yair Lapid (Screenshot)

Diante de uma insustentável crise política e sérios problemas de governabilidade o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, anunciou a dissolução do parlamento e prepara a convocação de novas eleições.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 21/06/2022

 

Em um breve pronunciamento à nação após anunciar a dissolução da atual composição do Knesset, o parlamento israelense, o primeiro-ministro Naftali Bennett classificou o presente cenário político como “difícil” e disse que tomou a “decisão correta para o Estado de Israel”.

À frente de uma coalizão assegurada por 61 parlamentares apenas, dos 120 que compõe o Knesset, os líderes do atual governo israelense tinham a difícil missão de preservar a união dos partidos da base governamental e a harmonia entre seus parlamentares. Algo extremamente difícil em uma coligação composto por partidos antagônicos e representantes de todos os espectros políticos, da direita à extrema esquerda, progressistas, liberais e conservadores. Isto, sem mencionar ainda um partido árabe islamista associado à Irmandade Muçulmana.

O contraste das opiniões e a diferença de ideais e objetivos foi aos poucos falando mais alto até que há aproximadamente dois meses e meio, começaram a surgir na coalizão parlamentares rebeldes, insubordinados e dispostos a romper com a base do governo. Como exemplo podemos citar os parlamentares Idit Silman, Nir Orbach, Michael Biton, Ghaida Rinawie Zoabi e Mazem Ghanaim.

Diante da rebeldia de seus integrantes, o governo israelense viu-se diante de um sério problema de governabilidade. Incapaz de unir a maioria em prol de um objetivo comum, como aprovar leis por exemplo, o primeiro-ministro Naftali Bennett e seu vice, o chanceler Yair Lapid, preferiram dissolver o parlamento e convocar novas eleições. Isto, antes de serem vítimas de uma manobra política proposta pela oposição como uma Moção de Censura por exemplo.

Ainda em seu discurso o Primeiro-ministro de Israel disse que a gota d’agua para a queda do governo foi a sua incapacidade de aprovar uma lei de 1967 e que deve ser renovada a cada 5 anos. Esta, versa sobre a extensão das leis civis e penais israelenses para as cidades e comunidades judaicas na Judéia e Samaria.

A lei em questão expira no fim deste mês sendo este o prazo do governo para votar pela sua continuação.

De acordo com Bennett, segundo ele após consultar a Procuradoria de Israel, a queda da lei viria acompanhada de uma séria crise constitucional e colocaria em perigo os cidadãos israelenses.

“Durante as últimas semanas fizemos todo o possível para salvar este governo, não por nós, mas pelo bem do país. Tivemos muitas conversas e entendi que sem a dissolução do Knesset em um período de 10 dias haveria graves danos para a segurança de Israel”, disse Bennett.

O Primeiro-ministro culpou a oposição, liderada por Benjamin Netanyahu, por usar a segurança do Estado de Israel como uma arma política e uma ferramenta tentar voltar ao poder.

 

Yair Lapid, o novo Primeiro-ministro de Israel

 

Ao dissolver o Parlamento de Israel o primeiro-ministro Naftali Bennett estará também deixando seu cargo e entregando-o para seu aliado, o vice premiê e chanceler Yair Lapid. Isto, não por força da legislação, mas por vontade de um acordo firmado entre os partidos da base aliada no momento da formação da coalizão e governo.

Ontem, após enumerar as vitórias de sua gestão, Naftali Bennett disse que cumpriria o acordado, entregaria o cargo de Primeiro-ministro Interino de Israel a Yair Lapid e que iria auxiliá-lo no período de transição.

Para Bennett, seu governo é a prova de que a direita e a esquerda podem trabalhar juntas em prol de um bem maior.

“Estou aqui com meu amigo Yair Lapid, que em breve assumirá o cargo de Primeiro-ministro conforme o acordo firmado entre nós. A responsabilidade e a justiça estão entre as virtudes de Lapid, que representa grande parte da sociedade israelense”, disse Bennett, que prometeu ainda manter-se ao lado de seu aliado “para o que for necessário”.

Com a dissolução de fato do Knesset, o que deve acontecer na semana que vem após o devido processo legislativo, Yair Lapid assumirá interinamente o cargo de Primeiro-ministro e o ocupará até que um novo governo seja formado.

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