Mais de 40.000 judeus devem visitar o Monte Moriá este ano, algo que não é visto desde a destruição do Templo Sagrado há mais de 2.000 anos.


Por Arieh Savir, TPS

Versão em português, UWI

 

Durante os três primeiro meses do ano de 5782 do calendário judaico, que começou no mês de Tishrei com as celebrações de Rosh Hashaná no início de setembro, mais judeus visitaram o Monte Moriá em Jerusalém do que no decorrer 5776.

No ano de 5776 do calendário judaico (2015-2016), 12.148 judeus visitaram o Monte do Templo. Desde então, este número vem crescendo e este ano, 12.177 judeus já estiveram no Monte Moriá.

“Este é um número incrível que mostra o retorno do povo de Israel ao Monte do Templo”, disseram ativistas que defendem a visitação ao local.

Para não criar atrito com a comunidade muçulmana em Israel e no mundo, a visitação de judeus ao Monte do Templo é restrita e grupos são acompanhados por policiais devendo seguir uma longa lista de regras.

A visitação de cristãos e turistas também é restrita mas estes grupos têm mais liberdade do que os judeus que são vigiados de perto por agentes da Waqf, um órgão islâmico ligado à Jordânia e responsável pela administração do Domo da Rocha e da Mesquita Al-Aqsa.

Vale ressaltar ainda, que de acordo com a opinião da maioria dos rabinos ortodoxos os judeus hoje em dia não podem visitar o Monte do Templo. Isto, em razão da santidade do local e pelo fato de havermos passado pelo devido processo de purificação que só será possível com a chegada do Messias.

Apesar deste ponto de vista importantes e conceituados rabinos defendem a visitação ao Monte Moriá na atualidade. Mas até para este grupo, em razão da santidade do local, regras de comportamento e vestimenta devem ser seguidas e o passeio deve ser restrito às extremidades do monte, próximo às muralhas do Templo.

A organização Yera’e, que apresentou os dados citados neste artigo, vem registrando os índices de visitação de judeus ao Monte do Templo há 7 anos. De acordo com Yochai Sar’el, um dos voluntários da organização, alguns fatores explicam o aumento do número de visitantes.

“As visitas hoje em dias são muito mais confortáveis e seguras. Os policiais recebem bem os visitantes, apesar da rigidez na segurança e atenção às regras, e muçulmanos violentos são retirados do Monte do Templo”, disse Sar’el.

A organização Yera’e acredita que um número recorde de judeus devam visitar o Monte do Templo durante o ano de 5782. São esperados mais de 40.000 pessoas, “um número que provavelmente não foi visto desde a destruição do Templo Sagrado”, há mais de 2.000 anos.