Decisão paradoxal sobre Sarah Muscroft coloca em xeque os valores das Nações Unidas sobre temas como o terrorismo palestino e a liberdade de expressão.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Jerusalém, 15/08/2022
A Diretora do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos, Sarah Muscroft, foi afastada de seu cargo após fazer críticas à Jihad Islâmica Palestina e condenar o grupo terrorista pelo lançamento indiscriminado de foguetes contra Israel.
Não bastasse perder seu emprego, Muscroft teve seu direito básico à liberdade de expressão ceifado pelas Nações Unidas e foi obrigada a apagar um tuite em que defendia o cessar-fogo alcançado entre a Jihad Islâmica Palestina e Israel.
“Estou aliviada em ver o acordo de cessar-fogo que coloca um fim as hostilidades que afetam igualmente palestinos e israelenses. O lançamento indiscriminado de foguetes pela Jihad Islâmica, que provoca uma retaliação de Israel, é condenável. A segurança de todos os civis é primordial e o cessar-fogo deve ser preservado”, dizia o tuite publicado por Sarah Muscroft em 8 de agosto e aparentemente considerado um crime pela ONU.
A decisão da Nações Unidas de afastar do cargo sua própria diretora foi tomada depois que a organização recebeu muitas críticas de grupos palestinos que exigiam a cabeça de Muscroft. Entre eles, o movimento antissemita BDS e a própria Jihad Islâmica. Obrigada a afastar-se e a apagar seu tuite, ela foi forçada ainda a pedir desculpas por condenar o terrorismo e o lançamento de foguetes contra civis israelenses.
“Um dos meus tuites anteriores foi baseado em informações equivocadas e eu o apaguei. Eu gostaria de me desculpar profundamente pela falha em minha opinião. Todo os civis, onde quer que eles estejam, devem ter a capacidade de viver em paz”, tuitou Sarah Muscroft antes de apagar completamente sua conta no Twitter.
Emails enviados hoje ao endereço de email profissional de Sarah retornam com a mensagem de que ela está de férias.
A vergonhosa e paradoxal decisão das Nações Unidas no caso Sarah Muscroft coloca em xeque os valores e a confiabilidades do órgão criado para defender os direitos humanos e preservar paz. A ONU hoje foi tomado por um grupo que defende agressões ao Estado Judeu, glorifica atos terroristas que colocam em risco a sociedade israelense e são intransigentes com todos aqueles que discordam de seu viés ideológico.
Em um outro episódio, ainda na semana passada, vimos mais um ato das Nações Unidas que hoje legitima e dá força ao terrorismo islâmico quando este é voltado contra Israel e seu povo. Isto, quando sob ordens de Tom Wennesland uma equipe da ONU visitou em uma prisão israelense um dos líderes da Jihad Islâmica Palestina, Bassam al-Saadi, para pedir “calma” ao grupo terrorista.