Após perder o apoio da maioria do parlamento e diante de uma crise de governabilidade o Primeiro-ministro de Israel anunciou que planeja convocar novas eleições.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 20/06/2022

 

O Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e o vice Premiê e Ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, anunciaram na noite desta segunda-feira (20) planos para dissolver o Knesset e convocar novas eleições.

Segundo a legislação israelenses o novo pleito tem de ocorrer até 5 meses após a data de dissolução de facto parlamento, o que deve acontecer na semana que vem depois do devido processo legislativo.

A decisão de Bennett e Lapid, que são líderes de dois dos partidos que formam o governo israelense, Yemina e Yesh Atid respectivamente, foi tomada no ápice de uma crise política que vem se estendendo há aproximadamente dois meses. Esta, começou quando alguns dos 61 parlamentes que constituem a coalizão decidiram se rebelar e opor-se a projetos de lei propostos pelo governo.

A insubordinação partidária provocada pelos parlamentares insurgentes levou o governo israelense a uma crise de governabilidade que por fim, provocou a decisão de dissolver o Knesset.

Praticamente inevitável no presente cenário político, a ruína do atual governo israelense viria através da própria coalização, como está acontecendo, ou através da oposição. Liderado por Benjamin Netanyahu, o bloco de oposição vem conquistado aos poucos o apoio dos parlamentares rebeldes e seu voto em favor do fim da atual composição do Knesset.

“Findaram todas as tentativas de estabilizar a coalizão”, disse o Primeiro-ministro de Israel em um comunicado.

Bennett e Lapid assumiram o governo de Israel há aproximadamente 1 ano apenas, depois de 4 eleições que terminaram com empates técnicos entre os blocos em favor e contrário ao ex-premiê Benjamin Netanyahu.