Sob a liderança de Abdel Fatah Al-Sisi o Egito se tornou um agente moderador no Oriente Médio e tenta mediar um acordo duradouro entre Israel e o Hamas.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 23/08/2021

 

Quando o mundo e os “defensores” dos Direitos Humanos acusam Israel de impor um bloqueio à Faixa de Gaza nada se fala sobre o Egito, que faz o mesmo. Isto, porque o país árabe que tirou Mohamed Morsi e a Irmandade muçulmana do poder, assim como Israel, não quer o terrorismo do Hamas ou da Jihad Islâmica Palestina infiltrando-se em seu território e ameaçando sua população.

Ontem, em represália aos ataques à fronteira de Israel organizados pelo grupo terrorista Hamas, o Egito informou que fechará por tempo indeterminado a passassem de Rafah, único acesso à Faixa de Gaza a partir do território egípcio.

Um soldado da Polícia de Fronteiras de Israel ficou gravemente ferido após ser baleado na cabeça no último sábado, por um terrorista do Hamas.

Parece que o Egito se cansou das falsas promessas de cessar-fogo e estabilidade de Ismail Haniyeh e Yehya Sinwar. Líderes do Hamas, ambos mantêm milhares de palestinos reféns de sua agenda terrorista que financiada pelo Irã, ameaça tanto os cidadãos israelenses como aqueles do Egito e da própria Faixa de Gaza.

Desde que assumiu o poder, Abdel Fatah Al-Sisi colocou o Egito em uma posição de destaque no Oriente Médio aliando-se a países moderados como o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos. Há meses, os serviços de inteligência egípcios liderados por Abbas Kamel vêm mediando um acordo entre Israel e o Hamas em uma tentativa de trazer estabilidade a região. Apenas na semana passada, Kamel esteve em Jerusalém onde foi recebido pelo Primeiro-ministro de Israel Naftali Bennett, e pelos ministros da defesa e das relações exteriores.

Vendo seus esforços diplomáticos jogados no lixo pelo Hamas, que não tem qualquer interesse em um processo de paz, o Cairo parece ter começado a reagir. O fechamento da passagem de Rafah e o isolamento do grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza são definitivamente uma demonstração desta nova política adotada por Al-Sisi, que luta dentro e fora de seu território, contra o extremismo e o terrorismo islâmico.