Gilad Erdan (Tomer Neuberg/Flash90) Gilad Erdan (Tomer Neuberg/Flash90)

“Embora os pontos debatidos pelo conselho não tenham mudado por décadas, o Oriente Médio mudou”, disse o Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan.


Por The Algemeiner

Versão em português, Unidos com Israel

 

Nesta segunda-feira (26), o Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, recriminou o Conselho de Segurança da instituição por não reconhecer as mudanças que vem acontecendo no Oriente Médio. Entre elas, os recentes acordos de normalização das relações diplomáticas entre Israel, Emirados Árabes, Bahrein e o Sudão.

“Embora os pontos debatidos pelo conselho não tenham mudado por décadas, o Oriente Médio mudou”, disse o Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em sua primeira participação em uma reunião do Conselho de Segurança. Há pouco tempo no cargo, Gilad Erdan substitui o seu antecessor, Danni Danon.

“Desde que cheguei a Nova Iorque, há dois meses, venho testemunhando uma chocante dissonância entre os temas escolhidos para concentrar a atenção deste conselho e o que realmente está acontecendo no Oriente Médio”, disse Erdan.

O Embaixador de Israel nas Nações Unidas disse ainda que “ao invés de observar (os Acordos de Abraham) como uma nova oportunidade para negociações, os palestinos preferiram atacar os Emirados Árabes, o Bahrein e o Sudão, classificando a decisão de manter relações com Israel, uma traição e uma facada nas costas.” “Agora”, continuou Gilad Erdan, “todos podem ver que os palestinos incitam o ódio contra qualquer país que busque a paz da região, até mesmo seus companheiros da Liga Árabe.”

De acordo com o diplomata, ao atacarem todos aqueles países que firmam acordos de paz com Israel, os palestinos mostram ao mundo que durante anos, “o Conselho de Segurança tem pressionado o lado errado”.  Erdan se refere às centenas de resoluções das Nações Unidas que têm o Estado de Israel como alvo.

“Estou empenhado em provar que estão errados todos aqueles que dizem que o Conselho de Segurança das Nações Unidas é uma causa perdida. No entanto, ignorar as questões mais urgentes do Oriente Médio e expressar um viés ideológico ao discutir o conflito israelense-palestino torna isso muito difícil. O conselho deve se comprometer novamente em buscar a paz e a segurança, e não permitir que a política dite suas ações no Oriente Médio”, concluiu Gilad Erdan.

 

“A história irá julgar a resposta deste conselho”

 

Durante a mesma reunião, que tinha em pauta a questão do Oriente Médio, o Embaixador dos Estados Unidos na ONU, Kelly Kraft, expressou sentimentos semelhantes. “A verdade é que este conselho repete abordagens, que não levam a lugar algum, para este conflito todos os meses. Muitos Estados membros das Nações Unidas estão presos a políticas e narrativas obsoletas que continuarão falhando na busca pela paz”, disse ele.

Kraft disse ainda que os Estados Unidos demonstraram pela primeira vez em 25, que uma abordagem diferente para o Oriente Médio pode surtir efeitos. “Hoje”, disse ela, “em função da liderança americana, Israel está mais próximo de seus vizinhos árabes do que nunca”.

A Embaixadora dos Estados Unidos na ONU disse ainda que os palestinos deveriam aproveitar os desdobramentos do Oriente Médio de forma positiva. “A história julgará a resposta deste conselho a este momento histórico, ele poderá desaparecer diante deste desafio ou mostrar-se apto para enfrentá-lo”.