Embaixador Gilad Erdan. (Hadas Parush/Flash90) (Hadas Parush/Flash90)

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“O nível de tensão na região norte de Israel, ao longo da fronteira com o Líbano, está maior do que nunca”, disse Gilad Erdan em carta enviada para o Conselho de Segurança das Nações Unidas.


Por Andrew Bernard, The Algemeiner

Versão em português, UWI

 

Em uma carta divulgada nesta terça-feira (1), o Embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, emitiu um alerta sobre as consequências potencialmente “desastrosas” das recorrentes ameaças e provocações do grupo terrorista Hezbollah ao longo da Linha Azul que separa o Líbano do território israelense.

A carta divulgada à imprensa foi enviada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas no último dia 27 de julho e cita a montagem de postos avançados do Hezbollah no território israelense. O documento versa ainda sobre as múltiplas e recentes tentativas do grupo terrorista libanês de infiltrar-se em Israel ou de danificar as barreiras de defesa fronteiriças.

“O Oriente Médio é um barril de pólvora prestes a ser aceso. O nível de tensão na região norte de Israel, ao longo da fronteira com o Líbano, é maior do que nunca como resultado da escalada de violência produzida pelo Hezbollah”, diz a carta assinada pelo embaixador Gilad Erdan.

O diplomata israelense evidencia por escrito os recentes flagrantes de violação pelo Hezbollah da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e pede a ação do órgão.

“Se o Conselho de Segurança não condenar as ações desestabilizadoras do Hezbollah e exigir que o Líbano tome medidas contra o grupo armado ilegal em seu território, ou que pelo menos permita que a UNIFIL realize sua função, a situação em campo continuará a se deterioras e ao longo prazo as consequências serão desastrosas”, alerta o embaixador israelense em sua carta à ONU.

A Força Interina das Nações Unidas no Líbano tem 10.000 soldados para desempenhar a função de manter a paz e garantir a segurança da região sul do território libanês. Isto, na teoria. Na prática, o sul do Líbano é a décadas um reduto do grupo terroristas Hezbollah que opera na região impunimente, graças a inatividade UNIFIL e a incapacidade do governo libanês.

Nos últimos meses, encoberto pela ONG “Verde sem Fronteiras”, o Hezbollah vem aumentando sua presença militar na região sul do Líbano e construindo ao longo da fronteira, postos avançados de guarda e observação.

“Estes são postos militares avançados para todos os efeitos, foram estabelecidos e são mantidos por terroristas do Hezbollah e não por inocentes ambientalistas libaneses”, disse embaixador israelense em janeiro deste ano.

O Hezbollah também vem permitindo que outros grupos terroristas presentes no Líbano lancem ataques contra Israel a partir de seu território.

Em abril deste ano por exemplo, uma célula libanesa do Hamas lançou 36 foguetes contra a região norte de Israel no maior ataque ao país desde o fim da Segunda Guerra do Líbano, em 2006.