“Emergência” fecha temporariamente a usina nuclear de Bushehr no Irã (caption/Youtube) “Emergência” fecha temporariamente a usina nuclear de Bushehr no Irã (caption/Youtube)

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Usina nuclear foi construída com a ajuda da Rússia e nunca parou de funcionar desde que inaugurada em 2011.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 20/06/2021

 

A rede de televisão estatal do Irã informou neste domingo que as atividades da usina nuclear de Bushehr foram interrompidas devido a um “apagão emergencial”. De acordo com Gholamali Rakhshanimehr, funcionário da companhia de energia elétrica iraniana, a usina ficará fechada por 3 ou 4 dias e passará por uma revisão e reparos.

Rakhshanimehr não deu mais detalhes sobre o fechamento temporário da usina.

Diversos incidentes, emergências e explosões vêm acontecendo em instalações nucleares iranianas há aproximadamente um ano. No mês passado por exemplo, um enorme incêndio foi registrado em uma região próxima a usina nuclear.

Inaugurada em 2011 e construída com a ajuda da Rússia a usina nuclear de Bushehr nunca havia sido fechada por uma “emergência”.

O incidente que fechou temporariamente a usina nuclear de Bashehr aconteceu horas depois da eleição de Ebrahim Raisi para o cargo de Presidente do Irã. Hoje de manhã, o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett disse que a eleição de Raisi é um sinal para que o acidente acorde e perceba que o regime iraniano não pode ter acesso a armas nucleares.

“Este pode ser o último sinal antes o retorno ao acordo nuclear. Eles têm que entender com quem eles estão fazendo negócios e que tipo de regime estão escolhendo fortalecer”, disse Bennett depois de pedir que o ocidente “acorde”.

O alerta do Primeiro-ministro de Israel veio no mesmo dia em que foram retomadas em Viena as negociações para a volta do Irã e dos Estados Unidos ao acordo nuclear JCPOA.

O Ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, também falou hoje sobre a ameaça nuclear iraniana. Segundo ele, Israel está diante de “desafios de curto e logo prazo”.

“A escolha de Raisi para o cargo de Presidente do Irã é mais uma prova do já previsto fortalecimento do extremismo e da continuidade da agressividade iraniana”, disse Gantz.

Outra que condenou a eleição de Ebrahim Raisi ao cargo de presidente do Irã foi Agnès Callamard, Secretária-geral da Anistia Internacional. Segundo ela, ao invés de ser promovido, Raisi deveria ser investigado pelos “crimes contra a humanidade de assassinato, desaparecimento forçado e tortura”