Malley, Robert (Screenshot) Malley, Robert (Screenshot)

Em tour pelo Oriente Médio, Robert Malley, reuni-se nesta segunda-feira em Israel com o chanceler Yair Lapid e com o ministro da defesa Benney Gantz.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 15/11/2021

 

Dias antes da retomada das negociações entre Washington e Teerã sobre o programa nuclear do regime dos aiatolás, o Emissário Especial da Presidência dos Estados Unidos para o Irã, Robert Malley, chegou a Israel neste domingo.

Em tour pelo Oriente Médio, Malley visita também os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e a Arábia Saudita, países que assim como Israel, estão preocupados com a abordagem da administração Biden acerca do programa nuclear iraniano e defendem uma linha mais dura contra Teerã.

Na semana passada, pela primeira vez na história, os Estados Unidos, Israel, EAU e o Bahrein realizaram exercícios militares navais no Mar Vermelho para melhorar a coordenação de suas forças contras a ameaças e perigos representados pelo Irã.

De acordo com uma nota divulgada pelo Departamento de Estados dos Estados Unidos, a missão de Robert Milley neste tour é coordenar a abordagem americana e de seus aliados no Oriente Médio “acerca de uma vasta gama de preocupações sobre o Irã”.

Em Jerusalém, Robert Milley se reunirá com o Ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, com o Ministro da Defesa, Benny Gantz, e com outros figurões dos órgãos de defesa israelenses. De todos eles, o Emissário dos Estados Unidos para o Irã deve escutar versões de porque é um erro o regresso de Washington ao acordo nuclear.

As negociações entre os Estados Unidos e o Irã deverão ser retomadas no fim deste mês em Viena, na Áustria. Participarão também representantes dos países signatários do Plano de Ação Conjunta Global, JCPOA na sigla em inglês.

Assinado em 2015 durante a gestão de Barack Obama, o plano foi abandonado pelo então presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que se aproximou de Israel e concordou com a posição de Jerusalém de que o plano não era capaz de impedir que Teerã obtivesse armas nucleares. Trump ainda impôs severas sanções contra o Irã e altos funcionários do regime dos aiatolás.

Agora, sob o comando de Biden, Harris e Antony Blinken, os Estados Unidos querem “salvar” o acordo nuclear, mas não a qualquer custo. A caminho da sétima rodada de negociações, Washington se opõe a retirada imediata de todas as sanções impostas por Trump, o que é uma das exigências do Irã.