A Eslovênia tornou-se o sexto país da União Europeia a romper com a política adotada pelo bloco ao classificar o Hezbollah como uma organização terrorista.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 01/12/2020
O Ministério das Relações Exteriores de Israel comemorou a decisão tomada pela Eslovênia que classificou o Hezbollah como uma organização “terrorista e criminosa”.
“Eu saúdo a decisão do governo da Eslovênia que reconheceu todos os braços do Hezbollah como uma organização terrorista. Esta decisão se une a outras tomadas nos últimos meses por governos da Europa e América Latina. O Hezbollah é uma organização terrorista que acima de tudo, prejudica os próprios cidadãos do Líbano transformando-os em reféns dos interesses iranianos”, disse o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi.
De acordo com a resolução adotada pelo governo da Eslovênia, Liubliana entende que o Hezbollah é “uma organização criminosa e terrorista que representa uma ameaça para a paz e a segurança”.
“O trabalho do Hezbollah está ligado ao crime organizado e atividades ou paramilitares à nível internacional”, diz uma nota publicada pela agência estatal de notícias eslovena, STA.
União Europeia fecha os olhos para o terrorismo
Com esta decisão, a Eslovênia se une a outros 5 países da União Europeia, além do Reino Unido, Sérvia e Kosovo, que decidiram abrir os olhos e declarar o Hezbollah como uma organização terrorista.
Enquanto isso, aos olhos cegos da União Europeia, como instituição, há uma diferença entre a ala política e a ala militar do grupo xiita libanês. Enquanto o braço militar é considerado uma organização terrorista, o braço político é tido como um movimento legítimo. Com este cenário absurdo a União Europeia garante que os “políticos” ligados ao Hezbollah transitem livremente em seu território, angariem fundos para as ações do grupo e mais.
Em outubro deste ano, ao classificar o Hezbollah como uma organização terrorista, o parlamento da República Tcheca adotou uma resolução intimando Praga a agir contra a incoerência do bloco europeu. Isto porque, o Hezbollah age “como uma estrutura interligada”.
Em setembro deste ano, até a Suíça, um país historicamente neutro, deu início a um processo que deverá, quando concluído, criminalizar o grupo terrorista Hezbollah.
O Ministro das Relações Exteriores de Israel fez um apelo para que outros países, da União Europeia e do mundo, criminalizem e reconheçam todos os braços do Hezbollah, como uma organização terrorista.