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Espiões do Hamas no coração de Israel

Arquivo: Terrorista acusado de assassinar o joven israelense Dvir Sorek é preso por soldados do IDF. (Foto: IDF Spokesperson Unit)

Dois israelenses foram presos e indiciados pelos crimes de espionagem e ameaça à segurança nacional por colaborar com a organização terrorista Hamas.

Unidos com Israel

Após um longo período de investigações, o Shin Bet, Agência de Inteligência de Israel, deflagrou no início deste mês uma operação que prendeu duas pessoas acusadas de espionagem e de colaborar com o grupo terrorista Hamas.

Rajab Daka (Foto: Shin Bet)

Os presos, Rami Al-Amoudi e Rajab Daka são cidadãos israelenses que nasceram e foram criados na Faixa de Gaza. Lá, de acordo com o Shin Bet, ambos foram recrutados pelo grupo terrorista Hamas.

Rami Al-Amoudi, de 30 anos, nasceu e foi criado na cidade de Khan Yunes na Faixa de Gaza. Filho de um palestino e de uma judia israelense, ele foi criado pela família de seu pai. Em 2017, de acordo com o Shin Bet, ele reatou o vínculo com a mãe, que mora em Tel Aviv, e com a sua ajuda obteve a cidadania israelense.

Rajab Daka, de 34 anos, tem uma história semelhante. Filho de um palestino e de uma árabe israelense que mora na cidade de Lod, no centro de Israel, ele foi criado na Faixa de Gaza e também conseguiu a cidadania israelense através de sua mãe. Ele é pai de 5 filhos e dividia seu tempo entre a Faixa de Gaza e a cidade de Lod.

O Estado de Israel, através de sua promotoria, acusa Rami Al-Amoudi e Rajab Daka pelos crimes de espionagem e ameaça a segurança nacional. De acordo com o Shin Bet, eles eram responsáveis por fornecer à organização terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, informações sobre a localização de bases militares, posicionamento de baterias antiaéreas do sistema de defesa Domo de Ferro e mais.

De acordo com o Shin Bet, na última escalada de violência em novembro do ano passado, quando mais de 300 foguetes foram lançados contra Israel, Rami e Rajab eram responsáveis por fotografar o local das quedas destes foguetes. Esta informação, era enviada para os terroristas do Hamas em Gaza e usada para aprimorar a mira e assim, a efetividade dos foguetes.

Rami Al-Amoudi (Foto: Shin Bet)

“Este é um grave processo penal aberto contra dois cidadãos israelenses, que foram recrutados pelo Hamas, e se aproveitaram do acesso à Faixa de Gaza para colaborar com o braço armado da organização terrorista”, disse o procurador Gilad Erlich ao jornal israelense Ynet.

O advogado Eyal Beserglik, que representa Al-Amoudi, disse que seu cliente alega se declarou inocente de todas as acusações. “Nós ainda não tivemos a oportunidade de analisar a fundo os autos do processo, assim que fizermos, poderemos nos pronunciar com mais propriedade sobre as acusações”, disse ele.

 

 

 

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