Terroristas do Hezbollah (AP/Hussein Malla) AP/Hussein Malla

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“O Hezbollah representa uma considerável ameaça à segurança internacional e assim, à segurança da Estônia”, disse o Ministro das Relações Exteriores Urmas Reinsalu.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 25/10/2020

 

A Estônia passou a designar o grupo xiita libanês Hezbollah como uma organização terrorista. A decisão, anunciada na última quinta-feira (22) pelo Ministro das Relações Exteriores do país, Urmas Reisalu, atinge não apenas o braço armado da organização liderada pelo terrorista Hassan Nasrallah, com o também o seu braço político.

“O Hezbollah representa uma considerável ameaça à segurança internacional e assim, à segurança da Estônia.  Ao dar este passo, a Estônia se coloca ao lado dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Lituânia e demais países que chegaram a conclusão de que o Hezbollah utiliza métodos terroristas e constitui uma ameaça para a segurança de muitos países”, diz uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Estônia.

Além de reconhecer o Hezbollah como uma organização terrorista, o governo estoniano decidiu impor sanções aos membros, da ala política ou militar, do grupo liderado por Hassan Nasrallah. Estes, foram banidos do país europeu por “apoiarem ativamente o terrorismo”.

 

Membro da União Europeia desde 2004 e atualmente membro também do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Estônia, com esta decisão, torna-se um importante aliado do Estado de Israel. Isto porque, ambas as organizações supramencionadas resistem em designar o Hezbollah como uma organização terrorista.

Aos olhos cegos da União Europeia, como instituição, há uma diferença entre a ala política e a ala militar do grupo xiita libanês. Enquanto o braço militar é considerado uma organização terrorista, o braço político é tido como um movimento legítimo. Com este cenário absurdo a União Europeia garante que os “políticos” ligados ao Hezbollah transitem livremente em seu território, angariem fundos para as ações do grupo e mais.

Em nota, o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, celebrou a inclusão do Hezbollah na lista estoniana de organizações terroristas. Para ele, esta é “uma clara mensagem contra o terror e contra as ações do grupo Hezbollah, que colocam em risco a segurança do mundo e a estabilidade de toda a região”.

Gabi Ashkenazi aproveitou a oportunidade também, para convocar mais países a trilharem o mesmo caminho e designarem o Hezbollah como uma organização terrorista.