O Ministro da Defesa, Benny Gantz, anunciou que o apesar de ainda não haver necessidade o Exército de Defesa de Israel está se preparando para enfrentar “circunstâncias extremas”.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 21/09/2020

 

O Ministro da Defesa, Benny Gantz, anunciou na tarde desta segunda-feira que o Exército de Defesa de Israel, IDF na sigla em inglês, se prepara para abrir já nos próximos dias, um hospital de campanha que irá receber pacientes diagnosticados com a doença covid-19.

“Sob meu comando, o Exército de Defesa de Israel se prepara para montar um hospital de campanha que irá, de forma imediata, ser uma solução para a superlotação dos hospitais”, escreveu Gantz nas redes sociais.

O anúncio do Ministro da Defesa de Israel foi feito três dias apenas após a retomada da política de lockdown. Adotado a partir da última sexta-feira e programado para estender-se por pelo menos três semanas, o confinamento social aprovado pelas autoridades israelenses tem o objetivo de conter a proliferação do coronavírus durante esta segunda onda da pandemia que aflige o país.

Benny Gantz disse que apesar de ainda não ser necessário, o hospital de campanha, que deverá ter 200 leitos e ser gerido por médicos, enfermeiros e soldados do Exército de Defesa de Israel, é uma precaução. “Estamos nos preparando para circunstâncias extremas” escreveu ele.

Segundo dados do Ministério da Saúde de Israel, há hoje em todo o país, 52.263 casos ativos de covid-19. Destes, 1.361 pacientes precisaram ser hospitalizados, 653 em estado grave e 169 ligados a aparelhos respiradores. Mas apesar destes números, aparentemente baixos, a preocupação das autoridades israelenses é de que os hospitais tenham de suspender tratamentos quotidianos para focar-se apenas em pacientes diagnosticados com a doença covid-19. Isto aconteceria, em função de um aumento descontrolado dos índices da pandemia do coronavírus.

Na manhã desta segunda-feira, o Coordenador do Ministério da Saúde de Israel, Chezy Levy, enviou uma carta aos diretores de todos os hospitais do país alertando-os para um aumento no número de pacientes com covid-19 que precisarão de internação. De acordo com a projeção do órgão, nos próximos 10 dias são esperados entre 200 e 300 novos pacientes com covid-19 em estado grave.

Outro índice importante que preocupa as autoridades locais, é o número de médicos, enfermeiros e agentes de saúde em quarentena. Exigida por aqui, por um período de 14 dias, em casos de exposição a pacientes diagnosticados com coronavírus, a quarentena de agentes da área da saúde obriga os demais médicos e enfermeiros a trabalharem muito mais para suprir a ausência de seus colegas. Isto, além de levá-los à exaustão, coloca em risco a qualidade do atendimento médico. Hoje em Israel, segundo dados oficiais, há 4.057 funcionários da área de saúde em quarentena.