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Inovação israelense: novo sistema de defesa antiaérea do exército de Israel usará lasers optoeletrônicos que serão capazes de interceptar foguetes.

Unidos com Israel

O futuro já chegou para a Israel. Após anos de pesquisas, o Exército de Defesa de Israel (IDF) apresentou nesta quarta-feira, um projeto que irá revolucionar a indústria bélica.

Foram necessários anos de pesquisas e projetos, mas em breve, a Unidade de Desenvolvimento Bélico do Ministério da Defesa de Israel dará início a fase de fabricação e testes de um novo sistema de defesa antiaéreo que usará lasers para interceptar foguetes lançados contra o país. Tudo isso, na velocidade do som.

O objetivo é que o projeto, que usa raios laser optoeletrônicos ao invés de químicos, substitua o atual e já muito avançado sistema de defesa antiaéreo Domo de Ferro do IDF. Uma das grandes vantagens deste novo sistema é seu baixo custo. Para interceptar foguetes inimigos, o Domo de Ferro lança mísseis que tem valor estimado entre $50.000 e $100.000. Enquanto isso, o novo sistema precisará apenas de alguns poucos dólares para interceptar vários mísseis inimigos, o suficiente apenas para pagar a conta de energia elétrica.

Outra diferença, e vantagem, deste novo sistema para o Domo de Ferro é sua capacidade ilimitada de interceptar foguetes. Ele não precisa ser reabastecido, diferente do Domo de Ferro, que deve ser recarregado cada vez que seus mísseis terminam.

Por muitos anos a indústria bélica israelense vem tentando desenvolver armas lasers, como aquelas apresentadas em filmes de ficção científica. Com a chegada desta nova década, o IDF afirma que este novo sistema já provou sua efetividade em testes realizados com protótipos e que em sua primeira fase, será capaz de interceptar mísseis de curto alcance, foguetes, morteiros e até aviões não tripulados.

A previsão do Ministério da Defesa de Israel é que dentro de dois anos, o sistema comece a ser instalado em aviões Hercules da Força Aérea israelense. No futuro, ele estará presente em caças, blindados e navios de guerra.

“Hoje em dia o laser já está sendo usado na indústria, para a solda de automóveis por exemplo, mas isso acontece em baixa quantidade de kW. Para interceptarmos um míssil precisamos de dezenas de kW. Nosso objetivo é que sistema use 100 kW, assim nós garantimos efetividade e acertaremos os alvos”, disse Dubi Oster, comandante da Unidade de Optoeletrônica do Ministério da Defesa de Israel, ao jornal Ynet.

Para nós mortais, em outras palavras, o novo sistema de defesa antiaéreo de Israel, será capaz de localizar os foguetes inimigos, calcular seu trajeto e vulnerabilidade, como já faz o Domo de Ferro, e através de um poderoso laser, usar calor para explodi-los. O sistema combina laser, optoeletrônica, câmeras, radares e sensores para garantir sua operacionalidade.

De acordo com o Comandante da Unidade de desenvolvimento Bélico do Ministério da Defesa de Israel, General Yaniv Rotem, até agora foram investidos no projeto aproximadamente 30 milhões de dólares e ainda serão necessários outros vários milhões para as fases finais de fabricação, testes e implementação.

O Ministro da Defesa de Israel, Naftali Bennett, comemorou o projeto. Segundo ele, “o cérebro israelense continua a criar inovações revolucionárias. O laser transformará o sistema de defesa israelense em fatal, poderoso e muito mais avançado.”

Ainda de acordo com Naftali Bennett, este projeto irá melhorar significativamente a segurança dos israelenses. “Uma espada laser ao lado das ferramentas de defesa já existentes, garantirá a segurança do Estado de Israel, ao norte e ao sul”, disse ele.