Mark Zuckerberg depõe diante do Congresso dos Estados Unidos (Caption/Youtube) Mark Zuckerberg depõe diante do Congresso dos Estados Unidos (Caption/Youtube)

Diante do crescimento do antissemitismo, o Facebook atualizou sua política e passará a excluir conteúdos que neguem ou distorçam o holocausto.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 12/10/2020

 

O Presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou na tarde desta segunda-feira (12), que a empresa de mídia social atualizou sua política relacionada ao discurso de ódio. Em especial, a teorias doentias que versam sobre o negacionismo do holocausto ou a distorção dos fatos deste terrível capítulo da história.

“Hoje nós estamos atualizando nossa política referente ao discurso de ódio e iremos banir o negacionismo do holocausto”, escreveu Mark Zuckerberg em sua conta no Facebook.

De acordo com o executivo, o Facebook já vem apagando postagens que celebrem crimes de ódio e assassinatos em massa, mas diante do aumento do antissemitismo em todo mundo, a plataforma de mídia social irá “expandir sua política” e passará a proibir “qualquer conteúdo que negue ou distorça o holocausto”.

“Meu próprio pensamento mudou ao ver dados que demonstram um aumento dos casos de violência antissemita”, disse Mark Zuckerberg, que é judeu e até pouco tempo, defendia que o direito à liberdade de expressão triunfasse sobre manifestações de ódio e antissemitismo.

“Se as pessoas buscarem “Holocausto” no Facebook, começaremos a direcioná-las para fontes confiáveis para a obtenção de informações precisas”, escreveu ainda Zuckerberg.

 

Definição de antissemitismo da IHRA

 

Em agosto deste ano, uma campanha movida por dezenas de instituições, pediu ao Facebook que adotasse integralmente a definição de antissemitismo proposta pela Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, IHRA na sigla em inglês.

“A definição prática de antissemitismo proposta pela IHRA, em sua forma plena, é uma ferramenta capaz de equipar o Facebook com os meios necessários para, de forma efetiva e neutra, proteger usuários judeus de manifestações e imagens que incitam o ódio e que em muitas ocasiões, levam à violência. Não há tempo a perder, temos que agir mesmo enquanto o impacto do discurso de ódio, das notícias falsas e da desinformação continua a ser estudado e compreendido. É hora de lutar contra a intolerância, é hora de impedir a violência”, diz a carta assinada por 125 instituições, entre elas a United With Israel.