Atentado à vida de cidadão israelense teria sido orquestrado pela Forças Quds do Exército da Revolução Islâmica do Irã.
Por Unidos com Israel
Jerusalém, 16/11/2022
O Serviço de Segurança Nacional da Geórgia anunciou haver “frustrado a tentativa de assassinato de um cidadão israelense” em sua capital, Tiblissi. O anúncio foi feito nesta terça-feira (15) e de acordo com a agência, a ação seria praticada por um cidadão paquistanês ligado à Al-Qaeda que foi contratado por agentes iranianos. Armas, munição e telefones celulares foram apreendidos.
“Pessoas com nacionalidade paquistanesa e dupla nacionalidade, iraniana-georgiana, foram presas. Os mandantes do crime no exterior foram identificados e entre eles está um cidadão iraniano”, diz o comunicado do Serviço de Segurança Nacional da Geórgia.
O alvo da célula terrorista seria o empresário israelense Itzik Moshe de 62 anos. Ele já integrou a Agência Judaica e se dedica ao estreitamento das relações entre Israel e países do leste europeu. Moshe é ainda o fundador e presidente da organização “Israeli House”, que atua na área da diplomacia pública.
Após descobrir a célula terrorista e seu plano, as autoridades georgianas informaram Jerusalém e trabalharam em coordenação com os serviços de inteligência israelenses.
Plano de assassinato
De acordo com as autoridades, o assassinato do empresário israelense Itzik Moshe teria sido orquestrado pelas Forças Quds. Esta, é uma unidade de elite do Exército da Revolução Islâmica do Irã responsável por operações terroristas, clandestinas e de espionagem. O grupo responde diretamente ao aiatolá Ali Khamenei e já foi comandando pelo terrorista Qassem Suleimani, morto no Iraque em uma operação dos Estados Unidos autorizada pelo ex-presidente Donal Trump.
Os mandantes do assassinato seriam os cidadãos iranianos Mohammed Reza Ebadi Arablu e seu comandante, Ali Feyzipour. Ambos teriam ligações com as Forças Quds.
“Antes de chegar à Geórgia o cidadão paquistanês recebeu instruções e informações sobre seu alvo. Ele chegou a Geórgia vindo de um terceiro país e foi acomodado em um apartamento alugado”, diz o comunicado.
Após chegar a Tiblissi o terrorista paquistanês estudou por dias a rotina e os movimentos de seu alvo. Ele recebeu a munição e as armas o que seriam usadas no crime de seus contatos na Geórgia sem nunca os ter encontrado.
“Em uma tentativa de encobrir os rastros, não houve encontros entre os integrantes do grupo e todas as transferências de armas e munições foram feitas através de entregas feitas na cidade (Tiblisssi) e coordenadas por agentes no exterior”, disseram as autoridades.
Nos celulares apreendidos com os integrantes da célula terrorista as autoridades da Geórgia descobriram diversas informações e provas sobre o plano de assassinato do empresário israelense Itzik Moshe.