Na quinta-feira, o governo israelense aprovou uma proposta que prevê a imposição do lockdown, durante o período das festas de fim de ano judaico, como forma de combate ao coronavírus.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 13/09/2020
Esta semana, a reunião ministerial do governo israelense, que ocorre tradicionalmente aos domingos, terá a difícil tarefa de decidir se as mais importantes festas do calendário judaico serão marcadas, pelo lockdown. Esta semana, mais precisamente na sexta-feira (18), os judeus de todo o mundo celebrarão o Rosh Hashana, o ano novo, data que dará início as festas do mês de Tishrei do calendário judaico. Em seguida, será celebrado o Yom Kipur, o Dia do Perdão, e a festa de Sucot, ou Tabernáculos em português.
O lockdown, como forma de combate ao avanço do coronavírus, já havia sido aprovado pelo governo israelense na última quinta-feira, mas manifestações populares, ocorridas durante o final de semana, e até a demissão de um dos ministros de Netanyahu reascenderam o debate.
Além de impor restrições ao direito de ir e vir e decretar o fechamento do comércio em todo o país por um período de duas semanas, o governo israelense havia aprovado também a suspensão das aulas por um mês. Estas, eram reivindicações do Ministério da Saúde defendida nos últimos dias também, pelo gestor da pandemia do coronavírus, o médico israelense Ronni Gamzu. No cargo desde meados de junho deste ano, Gamzu havia se mostrado contrário a teoria do lockdown mas o avanço dos índices da pandemia registrados nas últimas semanas o fizerem mudar ideia.
Outro que defende, com unhas e dentes, o lockdown durante o período de festas judaicas é Yuli Edelstein, Ministro da Saúde de Israel. Ele e a cúpula de seu ministério temem ser inevitável a proliferação descontrolada do coronavírus durante este período em que muitos israelenses vão às sinagogas e se reúnem com amigos e familiares durante os jantares festivos de Rosh Hashana.
Ministro contrário ao lockdown deixou o governo
Na manhã deste domingo, Yaakov Liztman, atual Ministro da Habitação e aquele que ocupou o cargo de Ministro da Saúde do governo israelense durante a primeira onda da pandemia do coronavírus, deixou o cargo por se opor a política de lockdown. Em sua carta de demissão enviada ao Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Litzman disse que a decisão de impor o confinamento à sociedade “reduzirá significativamente o número de fiéis nas sinagogas durante as orações de Rosh Hashana e Yom Kipur”. Aliado de longa data do premier israelense, Yaakov Litzman é membro da comunidade ultraortodoxa e líder do partido Yahadut HaTorá.
Outros ministros como Israel Katz, da Fazenda, e Itzik Shmueli, do Bem Estar Social, também se opuseram publicamente a política de Lockdown que está sendo discutida neste momentos pelos integrantes do governo israelense.
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