Ilustração: Joseph Kleinman, sobrevivente do holocausto, aos 90 anos na varanda de sua casa em Jerusalém (Yonathan Sindel, Flash90) Ilustração: Joseph Kleinman, sobrevivente do holocausto, aos 90 anos na varanda de sua casa em Jerusalém (Yonathan Sindel, Flash90)

De acordo com o Memorial do Holocausto Yad Vashem de Jerusalém, entre 380 mil e 400 mil judeus romenos foram assassinados durante o holocausto pelas forças do ditador Ion Antonescu, aliado de Hitler.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 14/11/2021

 

O governo da Alemanha reconheceu oficialmente a cidade de Bucareste, capital da Romênia, como um “Gueto Aberto”, local para onde eram enviados os judeus durante o holocausto e obrigados a viver em condições desumanas. Na maioria das vezes, até serem assassinados ou deportados para campos de trabalhos forçados, concentração e extermínio como parte da “Solução Final”.

Durante o Terceiro Reich o regime nazista instaurou três tipos de gueto, o fechado como o de Varsóvia, os guetos abertos e os guetos de destruição.

No ano passado o governo alemão reconheceu 27 cidades na Romênia e Bulgária como “Guetos Abertos”, mas até agora, Bucareste havia ficado de fora desta lista.

A decisão tomada ontem pela Alemanha, além representar uma correção histórica e honrar a memória de milhares de vítimas do regime nazista, significa que os sobreviventes do Gueto de Bucareste terão direito a uma indenização paga por Berlim. Estima-se que aproximadamente 3.000 sobreviventes sejam beneficiadas.

As negociações entre Jerusalém e Berlim para que Bucareste fosse reconhecido como um “Gueto Aberto” foram dirigidas pelo Ministério da Igualdade Social de Israel em parceria com o Ministério das Relações Exteriores.

Em um post publicado nas redes sociais, o chanceler israelense Yair Lapid disse que colocar-se ao lado dos sobreviventes do holocausto é “uma obrigação ética”.

Durante o regime nazista Adolph Hitler encontrou em Ian Antonescu, Ditador da Romênia entre 1940 e 1944, um aliado. Isto, para o horror da população judaica local que antes da Segunda Guerra Mundial contava com aproximadamente 750.000 integrantes.

Sob o comando de Antonescu, o exército romeno aliado às forças nazistas, assassinaram entre 380.000 e 400.000 judeus. Principalmente nas regiões da Bessarábia, Bucovina e Transnístria.