Membro do parlamento francês, denunciou o atentado antissemita em que jovem israelense foi espancado do metro de paris ao falar hebraico ao telefone.

Unidos com Israel

Um jovem israelense identificado apenas como Yogev B (31). foi espancado esta semana dentro de um vagão do metro de Paris logo após enviar uma mensagem de voz para seu pai, pelo aplicativo WhatsApp. Yogev que foi identificado pelos agressores por falar hebraico, está na França cursando mestrado em uma universidade local.

Yogev foi atacado na manhã de terça-feira às 6:30 da manhã. No momento da agressão o vagão estava cheio de passageiros. Uma mulher chamou uma ambulância e ele foi levado para o hospital.

Yogev contou ao jornal israelense Ynet que ao entrar no vagão do metro, dois homens se aproximaram dele e começaram a insultá-lo aos berros. Depois, começaram a agredi-lo até ele ser levado ao chão e perder a consciência. “Eles me bateram várias vezes, meus óculos quebraram e eu acabei apagando. Minha sorte foi que algumas pessoas me ajudaram”, contou ele.

“É óbvio que eles me bateram apenas porque descobriram que eu sou israelense”, disse Yogev que teve o nariz quebrado e foi levado ensanguentado para o hospital.

Ao ser liberado do hospital Yogev foi à polícia prestar queixa, mas segundo ele, os policiais disseram que ele deveria voltar 6 horas depois.

Yogev só conseguiu prestar queixa depois de entrar em contato com o parlamentar francês Meyer Habib. O político então entrou em contato com o Ministro do Interior da França.

“Eu pedi ao Ministro do Interior que uma investigação comece imediatamente. Dentro do metro há câmeras e existem também testemunhas, inclusive uma mulher que ajudou a encaminhá-lo para o hospital”, contou Meyer Habib.

“O parlamentar usou as redes sociais para divulgar o caso. “Há ódio contra Israel e manifestações antissemitas diariamente. Desta vez, um estudante israelense foi espancado no metro simplesmente por falar hebraico”, escreveu Habib.

O parlamentar disse estar em contato contínuo com Yogev, a quem chamou de uma “vítima de uma agressão antissemita”.

Ainda segundo o parlamentar casos como esse, são a prova de que as manifestações anti-israelenses, são a nova face do antissemitismo.

A cada dia, mais e mais judeus deixam a França e buscam asilo em Israel, frente aos constantes ataques contra a comunidade judaica local. São tantos os casos, que os rabinos locais, líderes religiosos da comunidade judaica francesa, estão instruindo os fiéis a não usarem a Kipá (o solidéu) nas ruas, para não serem reconhecidos como judeus.

Infelizmente, com o passar dos anos, a França parece ter esquecido do famoso grito de “Igualdade, liberdade e fraternidade”, em especial quando os alvos são membros da comunidade judaica.