Instalações de milícias iranianas são bombardeadas na Síria após ataque a navio cargueiro israelense

De acordo com a mídia síria, Israel estaria por trás dos ataques desta noite a instalações de milícias iranianas localizadas próximo a região de Damasco.

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Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 01/03/2021

 

A rede de notícias estatal síria (Syrian Arab News Agency) noticiou na noite deste domingo (28), que explosões foram ouvidas em uma região próxima a Damasco por volta das 22h. De acordo com a agência de notícias, ligada ao regime do ditador Bashar al-Assad, as explosões foram causadas por ataques israelenses que partiram da região das Colinas do Golã.

Ainda de acordo com a televisão síria, instalações ligadas a milícias iranianas foram o alvo dos ataques desta noite.

Apesar do silêncio de Jerusalém, a mídia israelense noticiou que foi o país o responsável pelos bombardeios deste domingo que atingiram a Síria. Esta manhã, um artigo publicado pelo Jerusalem Post por exemplo, principal veículo de mídia israelense em inglês, foi escrito sob o seguinte título: “Israel bombardeia alvos iranianos em resposta a ataque contra navio – reporte”.

Em um outro exemplo, o jornalista Ron Ben Ishai, comentarista para assuntos de defesa da rede de notícias Ynet informou que a ação desta noite parece não estar ligada a tentativa de Israel de bloquear o acesso do Hezbollah a mísseis avançados ou impedir que milícias iranianas criem raízes na Síria. Por isso, há de se pensar, que se trata realmente de uma retaliação pela explosão do navio cargueiro Helios Ray, da empresa israelense de mesmo nome.

Ontem, ainda segundo o Ynet, horas antes das explosões serem ouvidas na Síria o Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu se reuniu com seu Ministro da Defesa, Benny Gantz, e com a cúpula das Forças de Defesa de Israel e demais órgãos de segurança.

Em uma recente entrevista para a rede Kan de notícias, Netanyahu culpou o Irã pelas misteriosas explosões que atingiram o navio cargueiro israelense Helios Ray. Questionado se haveria retaliação, o premier israelense não respondeu.