Segundo o NYT, os governos da China e do Irã pactuam um acordo econômico e militar que coloca em risco a efetividade das sanções impostas ao regime do Aiatolás.
Por Unidos com Israel
Tel Aviv, 13/07/2020
O jornal New York Times divulgou com exclusividade que o Irã e a China estão prestes a assinar um acordo de cooperação econômica e militar que colocaria em risco a efetividade das sanções econômicas impostas ao regime dos Aiatolás pelo governo americano.
Em 2018, após assumir a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump revogou o acordo nuclear firmado por seu antecessor e impôs novas sanções econômicas ao Irã. Isto, para isolar o país do cenário internacional e impedir assim, que o regime iraniano consiga desenvolver seu programa nuclear bélico.
Em junho deste ano, o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica disse ter sérias preocupações acerca do programa nuclear iraniano.
O New York Times teve acesso a um documento de 18 páginas referente ao acordo que está sendo firmado entre Beijing e Teerã. Em troca de petróleo a um valor muito baixo pelos próximos 25 anos, o partido comunista chinês investiria em diversos setores da economia iraniana. Entres eles, os setores bancário, de energia, ferroviário e de telecomunicações.
O acordo prevê ainda, segundo o NYT, que haja cooperação militar entre as forças armadas da China e do Irã. Haveria exercícios militares conjuntos e cooperação nas áreas de inteligência e de desenvolvimento bélico.
Ao todo, o partido comunista da China injetaria 400 bilhões de dólares na economia iraniana e com isso, estaria ajudando o regime autoritário e teocrático dos Aiatolás a desenvolver sua bomba nuclear.
O acordo entre a China e o Irã teria nascido após uma visita do presidente chinês Xi Jinping a Teerã em janeiro de 2016. Na semana passada, Mohammad Zarif, Ministro das Relações Exteriores do Irã, confirmou que versão final do tratado teria sido redigida no mês passado.
Ontem, o Aitolá Ali Khamenei usou o Twitter para pedir “união e harmonia” contra as ações descontroladas do inimigo, os Estados Unidos. Segundo ele, o governo americano estaria usando todo seu poder para levar o “poderoso Irã” à lona.