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Na semana passada aconteceram vários ataques cibernéticos contra alvos israelenses. Entre eles, institutos de pesquisa que tentam desenvolver uma vacina ou remédio contra o coronavirus. A informação é do canal de notícias israelense Mako (canal 12).


Unidos com Israel

Tel Aviv, 26/05/2020

 

Nas últimas semanas Israel foi alvo de diversos ataques cibernéticos que estão sendo associados diretamente ao regime dos aiatolás e ao Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irã.

A primeira menção sobre os ataques foi feito pela rede de notícias americana Fox News no último dia 7. Na ocasião, o jornal citou um fonte anônima da Secretaria de Energia dos Estados Unidos, órgão responsável pela infraestrutura cibernética, que disse que a administração do presidente Donald Trump está comprometida com a segurança dos Estados Unidos e de seus aliados. Ele se referia a um ataque cibernético à infraestrutura da rede de águas e esgoto de Israel que aconteceu no final de abril.

Na semana passada, após relatos de um ataque cibernético aos computadores do porto Shahid Rajai no Irã, o General Aviv Kochavi, Estado-maior das Forças de Defesa de Israel, disse que o IDF usa “diversas ferramentas” contra seus inimigos. O ataque paralisou temporariamente as atividades do porto, mas as autoridades israelenses não assumiram a autoria da ação.

Também na semana passada, a rede de internet israelense, diversos sites e computadores foram alvo de um ataque cibernético em grande escala. De acordo com o jornalista israelense Nir Dvori, especializado em assuntos militares, entre as instituições atacadas estão alguns laboratórios e institutos que trabalham para desenvolver uma vacina ou um remédio contra a pandemia do coronavírus.

Ainda de acordo com o que apurou o jornalista do canal 12, o objetivo do ataque cibernético “não era obter informações destes institutos, mas afetar o processo de desenvolvimento da vacina.”

Além destas instituições que lutam para desenvolver uma vacina contra o coronavírus, centenas de sites ligados a empresa Upress também foram alvo de hackers iranianos. Quando acessados o conteúdo destes sites eram substituídos por um vídeo que mostrava um vídeo com uma contagem regressiva e cidades de Israel sendo destruídas.

 

A mensagem “a contagem regressiva para a destruição do Estado de Israel já começou há muito tempo” que apareceu em diversos sites israelenses hospedados na rede da empresa UPres.

 

Em nota, a empresa UPress informou que percebeu a ação dos hackers e que tomou todas as medidas necessárias para que a privacidade de seus usuários não fosse afetada. O ataque a alvos civis é considerado terrorismo cibernético.

De acordo com as autoridades israelenses não houve danos à segurança da rede de internet de Israel e a expressão “uma piada” foi usada para se referir a baixa eficiência de alguns dos ataques.