Ministério da Saúde de Israel é o primeiro órgão do mundo a autorizar a administração da terceira dose da vacina da Pfizer contra a covid-19.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Tel Aviv, 12/07/2021
Após a aprovação do Ministério da Saúde de Israel pacientes com imunodeficiência começaram a receber nesta segunda-feira, a terceira dose da vacina da Pfizer contra o coronavírus. Entre os cidadãos que serão convidados a tomar a dose extra da vacina estão aqueles que passaram por cirurgias de transplante de órgãos, que fazem quimioterapia ou hemodiálise, portadores de HIV e mais.
A inédita decisão do Ministério da Saúde de Israel foi tomada após a conclusão de um estudo que durou três meses e verificou uma significativa queda no número de anticorpos contra o coronavírus nestes pacientes. Em alguns casos, muitos dos pacientes com deficiência imunológica sequer foram capazes de desenvolver anticorpos mesmo depois de vacinados com as duas doses do medicamento desenvolvido pela Pfizer.
Um estudo realizado no hospital Beilinson em Petach Tikva por exemplo, aferiu que a eficácia da vacina da Pfizer em pacientes submetidos a transplantes de rim é de apenas 18%. Isto, diferente da taxa de eficácia na população geral, que é de 95%.
Os esforços junto as autoridades sanitárias israelenses foram conduzidos pela Dra. Galia Rahav, Diretora da Unidade de Doenças Infecciosas do Centro Médico Sheba.
“Diante da queda do número de anticorpos entre os cidadãos vacinados e da proliferação da cepa Delta cuidar da saúde dos pacientes com imunodeficiência e protegê-los é a nossa obrigação”, disse a médica israelense.
A cepa Delta do coronavírus vem preocupando as autoridades israelenses e um novo carregamento de vacinas da Pfizer deve chegar ao país no início de agosto. Nesta segunda-feira, 730 novos casos de coronavírus foram identificados em Israel, o maior número desde o dia 25 de março deste ano.