Acordo trilateral prevê que o gás israelense seja refinado no Egito e exportado para a União Europeia que deseja reduzir sua dependência da Rússia.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 18/06/2022

 

Israel, Egito e a União Europeia assinaram na semana passada um memorando de entendimento em que manifestam seus interesses mútuos e vontade de comercializar gás natural.

Assinado em um hotel no Cairo, o acordo prevê que o gás natural extraído das reservas israelenses seja vendido para os países do bloco europeu através do Egito. Este, tem infraestrutura capaz de refinar o gás, que é transformado em líquido e preparado para exportação por vias marítimas.

Estiveram presentes na cerimônia de assinatura do memorando a Ministra da Energia de Israel, Karine Elharar, o Ministro do Petróleo do Egito, Tarel el-Molla, e a Comissária da União Europeia para a Energia, Kadri Simson (foto).

 

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também participou da cerimônia para a qual foi, após visitar Israel e reunir-se em Jerusalém com o primeiro-ministro Naftali Bennett.

“Este é um momento extraordinário para o pequeno Estado de Israel que se torna um agente-chave no mercado global de energia”, disse a ministra Karine Elharar.

A Ministra da Energia de Israel classificou como histórico o acordo que permitirá que Jerusalém passe a fornecer gás para a União Europeia. Isto, sobretudo, com a participação e cooperação do Egito.

“Esta é uma mensagem para aqueles que olham para nossa região e veem nela apenas forças negativas como a divisão e o conflito. Este acordo mostra que estamos pavimentando um novo caminho, de parcerias, solidariedade e sustentabilidade”, disse Elharar.

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia a Europa viu-se de mãos atadas. Dependentes do gás natural russo os países do bloco europeu tiveram dificuldade em impor sanções à Moscou e começaram imediatamente, a buscar novas fontes de energia. O acordo junto a Israel e ao Egito permitirá que a União Europeia diminua sua dependência da Rússia, país do qual importou 40% de seu gás em 2021.