A guerra entre a Rússia e a Ucrânia levou muitos países europeus a buscar em Israel soluções para a área da defesa.
Por David Aghiarian, Unidos com Israel
Jerusalém, 15/05/2023
O setor bélico de Israel bateu um histórico recorde de exportação ultrapassando em 2022, a marca de 12,5 bilhões de dólares ou 60.2 bilhões de reais. Isto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Ministério da Defesa.
“As exportações israelenses no setor de defesa dobraram em menos de uma década e apresentaram um aumento de 50% nos últimos 3 anos”, diz uma nota divulgada pelo Ministério da Defesa. O órgão, que regulamenta a comercialização de produtos bélicos para o exterior, informou ainda que cerca de 25% dos contratos assinados durante 2022 dizem respeito à venda de drones e aeronaves não tripuladas.
Para que se possa mensurar a marca atingida por Israel podemos comparar o indicador de suas exportações na área da defesa com aquele do Brasil. Em 2021 por exemplo, quando atingiu seu atual recorde, o setor de defesa brasileiro exportou pouco mais de 1,5 bilhões de dólares apenas.
O aumento das exportações israelenses na área da defesa, ao menos nos últimos dois anos, pode ser explicado pela corrida armamentista gerada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Objetivando mais proteção muitos países europeus ampliaram seu orçamento militar e buscaram em Israel soluções para sua segurança.
A Alemanha é um dos países europeus que fizeram solicitações ao setor bélico israelense. Berlim planeja por exemplo, adquirir o sistema de defesa antiaéreo “Arrow 3, ou “Flecha 3” em português, capaz de interceptar mísseis balísticos inimigos fora da atmosfera.
A assinatura dos Acordos de Abraão e a cooperação militar entre Israel e os Emirados Árabes, Bahrein e Marrocos também alavancaram as exportações israelenses na área da defesa.
Países como a Índia e o Azerbaijão também são grandes parceiros do setor de defesa israelense.