Programa de produção de armas químicas de Bashar Al Assad teria sido alvo de bombardeios israelenses nas proximidades de Damasco e Homs, na Síria.
Por Unidos com Israel
Tel Aviv, 14/12/2021
Caças de combate israelenses bombardearam instalações militares sírias usadas pelo regime do ditador Bashar al Assad para a produção de armas químicas. Isto, de acordo com um relatório publicado pelo jornal americano The Washington Post.
Os ataques israelenses teriam acontecido nos dias 5 de março e 8 de junho deste ano com o lançamento de mísseis contra instalações militares localizadas nos arredores da capital Damasco e da cidade de Homs. De acordo com o relatório, 7 soldados sírios teriam morrido nos bombardeios israelenses, entre eles um coronel e um engenheiro.
Citando 4 fontes anônimas ligadas aos serviços de inteligência e defesa dos Estados Unidos o The Washington Post informou que o ataque israelense foi preventivo e tinha o objetivo de destruir laboratórios militares e a capacidade de Damasco de reconstruir seu arsenal de armas químicas. Isto, após a descoberta de que o regime sírio havia importado uma imensa quantidade de materiais usados para a produção de armas químicas, entre elas o gás sarin.
“Havia muitos indícios de que a produção de armas químicas tivesse sido retomada”, disse uma das fontes citadas pelo The Washington Post.
O gás sarin é classificado como arma de destruição em massa pela Convenção sobre Armas Químicas das Nações Unidas. O acordo assinado em 1993, proíbe a produção e o armazenamento deste mortífero gás que ataca o sistema nervoso dos seres humanos levando a espasmos convulsivos e a asfixia.
Até a eclosão da guerra civil síria em 2011 o ditador Bashar al Assad possuía um dos maiores arsenais de armas químicas do mundo. Armas estas, que foram usadas amplamente pelo regime sírio contra sua própria população civil.
De acordo com um reporte da BBC News há registros do uso de armas químicas pelo regime de Bashar al Assad em pelo menos 106 ocasiões durante a guerra civil.
Jerusalém ou as Forças de Defesa de Israel não comentaram a ação.