Naftali Bennett, Primeiro-ministro de Israel (Haim Zach, GPO) Naftali Bennett, Primeiro-ministro de Israel (Haim Zach, GPO)

Instalações petrolíferas da Saudi Aramco e capital da Arábia Saudita, Riad, foram atacados pelo grupo terrorista iemenita “Rebeldes Houthis”, que é apoiado e financiado pelo Irã.


Por Unidos com Israel

Tel Aviv, 27/03/2022

 

O Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, condenou na noite deste sábado (26) os ataques do grupo terrorista iemenita “Rebeldes Houthis” à Arábia Saudita.

“O Estado de Israel expressa seus sentimentos à Arábia Saudita após o terrível ataque dos Houthis, aliado do Irã”, disse Bennett em um tuite publicado neste sábado, após o fim do shabat.

Nesta sexta-feira (25) os rebeldes Houthis lançaram uma série de ataques aéreos contra a cidade de Riad, capital da Arábia Saudita, Dhahram e contra uma refinaria da Saudi Aramco em Jeddah. Este último, próximo ao circuito de F1, onde está sendo realizado neste final de semana o Grande Prêmio de Jeddah.

Em mensagem direta ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que julga remover a Guarda da Revolução Islâmica do Irã da lista americana de organizações terroristas, Bennett disse ainda que os recentes ataques são uma prova de que Teerã não tem limites.

“Estes ataques são mais uma prova de que a agressão regional do Irã não conhece limites e reforça a preocupação de a Guarda da Revolução Islâmica do Irã ser removida da lista de organizações terroristas”, disse Bennett.

 

 

Com receio de que os Estados Unidos se rendam ao regime dos aiatolás, voltem ao acordo nuclear JCPOA e levantem as sanções impostas à Teerã pelo ex-presidente americano Donald Trump, Israel e os países do Golfo Arábico, além do Egito, uniram-se para demonstrar sua insatisfação com a política externa da administração Biden. Na semana passada por exemplo, o Irã foi o principal tema de um encontro em Sharm el-Sheikh que reuniu o Presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, o Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e o Príncipe Herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed.

Outra manifestação contrária a atual postura de Washington deve acontecer em Israel no início desta semana, durante a “Conferência do Negev”, histórico encontro que trará ao Estado Judeu os chanceleres de 4 nações árabes, além do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

Israel e a Arábia Saudita não têm relações oficiais, mas, Riad já se manifestou favorável à normalização de suas relações com Jerusalém e pode não o ter feito, por ocasião da derrota nas urnas de Donald Trump. Além disso, o já idoso rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud, representante de uma geração que se negou a reconhecer Israel, defende que a normalização dos laços entre a Arábia Saudita e o Estado Judeu só ocorrerá quando houver uma solução para “causa Palestina”.