Agente iraniano recrutava mulheres israelenses para missões através das redes sociais.
Por Unidos com Israel
Tel Aviv, 12/01/2022
O Shin Bet, serviço de inteligência doméstico de Israel, anunciou nesta quarta-feira que desmantelou uma rede de espionagem iraniana que agia dentro do território israelense.
Uma investigação dos serviços de inteligência de Israel apontou que um agente iraniano identificado como Rambod Namdar recrutou 4 mulheres e um homem através das redes sociais, para realizar “missões secretas”.
Perfil usado por Rambod Namdar (Screenshot)
Para aproximar-se de suas vítimas Rambod Namdar apresentava-se como um judeu iraniano interessado em saber mais sobre Israel. Após conquistar a confiança de suas vítimas o agente iraniano pedia que elas fotografassem instalações militares, outros possíveis alvos e coletassem informações que poderia a vir a ser usadas pela inteligência iraniana. Tudo isso, em troca de dinheiro.
Em um dos casos, uma mulher de 40 anos e moradora dos arredores de Tel Aviv teve de fotografar por exemplo o prédio da Embaixada dos Estados Unidos em Israel. Ela também teria fotografado repartições públicas e tentado conseguir informações sobre os esquemas de segurança de um shopping center na cidade de Holon.
Outra mulher, de 57 anos, que mora em Beit Shemesh e é funcionária da prefeitura da cidade foi instruída a incentivar ser filho a alistar-se em uma unidade de elite do Exército de Defesa de Israel. Ela também criou um grupo de judeus de origem iraniana e tentou aproximar-se da parlamentar Keti Shitrit.
Em troca dos seus serviços a mulher de 57 anos teria recebido $5,000,00 (cinco mil dólares).
Ao todo 5 israelenses foram presos pelas autoridades e respondem a um processo criminal.
O advogado de um dos suspeitos, Dr. Ben Zion Citron, disse à rede de TV israelense Kan que em sua percepção o caso está recendo muito mais atenção do que o necessário.
Sem se identificar, a familiar de um dos suspeitos contou à mesma rede de notícias que sua parente agiu de forma ingênua, sem a intenção de causar danos a segurança de Israel ou de seus cidadãos.
O Primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, referiu-se ao caso e disse que estão sendo identificadas diversas tentativas de agentes ligados à Guarda da Revolução Islâmica do Irã de recrutar cidadãos israelenses.
Uma das preocupações das autoridades israelenses é de que as informações, muitas vezes inocentes ou sem aparente valor, passadas a agentes iranianos sejam usadas para arquitetar por exemplo atentados terroristas.
Bennett pediu para que os israelenses fiquem atentos a convites recebidos através das redes sociais e que tomem cuidado com quem se comunicam.