De acordo com o serviço de inteligência de Israel, a rede terrorista era comandada da Turquia por Saleh al-Arouri, membro do braço político do Hamas.


Por David Aghiarian, Unidos com Israel

Tel Aviv, 22/11/2021

 

Uma operação do Shin Bet, serviço de inteligência doméstico de Israel, desmantelou uma grande rede terrorista do Hamas que agia em cidades como Ramallah, Hebron e Jenin. Mais de 50 pessoas foram detidas pelas forças de segurança israelenses por envolvimento com o planejamento de atentados suicidas com homens-bomba e sequestros.

A rede desmantelada pelas forças israelenses era extremamente organizada. De acordo com uma nota publicada pelo Shin Bet entre os presos há aqueles responsáveis pelo recrutamento de terroristas, por angariar e coordenar fundos para a compra e fabricação de armas e explosivos, pela montagem de bombas, planejamento dos atentados e mais.

Além de efetuadas as prisões, foram apreendidas armas, munição e explosivos suficientes para a produção de 4 coletes-bomba.

Ainda de acordo com o Shin Bet a rede terrorista era comandada da Turquia por Saleh Al-Arouri. Hoje membro do braço político do Hamas, Al-Arouri é um dos fundadores das Brigadas Izzedin al-Qassam, braço armado do Hamas. Atualmente, ele atua como responsável pelas ações do grupo na Judéia e Samaria.

Em Israel a rede era controlada por nomes como Hijazi Qawasmi, Zakaria Najib e Hamzah Zahran. Todos, velhos conhecidos dos serviços de segurança israelense pelo seu envolvimento com o terrorismo e filiação ao Hamas.

A operação só foi revelada esta semana pelo Shin Bet, mas foram necessários meses de investigação, coleta de provas e preparo até o início das prisões, que ocorreram durante o mês de setembro deste ano.

Em uma destas missões, dois soldados israelenses ficaram feridos e 4 terroristas morreram. À época, o Chefe do Estado-maior das Forças de Defesa de Israel, General Aviv Kochavi, disse apenas que as prisões realizadas haviam frustrado “graves atentados terroristas”.

“Estes atentados poderiam haver acontecido em Jerusalém, Netanya, Tel Aviv, Afula ou em qualquer outro lugar de Israel”, disse Kochavi classificando a operação como uma significativa conquista do serviço de inteligência e demais forças israelenses.

Em visita aos aos soldados feridos, Kochavia havia dito que “os cidadãos israelenses poderiam dormir tranquilos e a salvo” graças ação e bravura do IDF.